Isabella é uma mulher que encontra refúgio na grande Sydney ao lado de seu amigo Chris. Ela foge de um passado que a fez sofrer e faria de tudo para poder esquecer. Sua personalidade é doce. É uma pessoa tímida mas que ao mesmo tempo luta pelo que q...
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Eu continuava arrasada todos aqueles dias.
O homem que eu amava e que pensei que me amava na mesma intensidade simplesmente não acreditava que o meu bebê era dele. Pedi demissão da Projects porque a empresa agora era dele e, sinceramente, eu não tinha estrutura pra continuar trabalhando que dirá meu chefe sendo Matthew Wright.
John foi me dar apoio e dizer que estaria sempre ao meu lado. Disse também que em algum momento o idiota do irmão iria se dar conta do quão imbecil estava sendo, palavras dele. Mas o que me fez chorar foi quando ele disse que amaria o sobrinho que eu carregava em meu ventre. Chorei nos braços do John. Chorei de tristeza e decepção. Chorei de dor.
Os pais do Matt também vieram dizer que me apoiariam em tudo e que já estavam empolgados com a chegada do primeiro neto. Mais uma vez a tristeza me invadiu. Todos sabiam que aquele bebê era fruto do amor entre mim e Matt, menos ele próprio.
Eu ainda não tinha contado aos meus pais sobre a gravidez ou sobre Matt, mas essa hora chegaria logo, pois meus pais ligaram dizendo que me visitariam em breve.
Aquele dia eu estava vomitando pela milionésima vez. Eu estava só em casa. Violet tinha ido visitar uns parentes e Chris tinha ido comprar uma chá pra eu tomar. Uma chá que Violet disse que faria bem aos meus enjoos matinais. Eu estava debruçada contra o vaso sanitário colocando até a alma pra fora quando escutei a campainha. Eu estava tão mal que resolvi ignorar. Levantei-me, lavei o rosto e escovei os dentes. Mas a campainha tocava insistentemente.
Desci as escadas lentamente com medo de chacoalhar meu estomago e vomitar mais. Devia ser algum vendedor insistente e eu o colocaria pra correr. Não, eu não sou má desse jeito, provavelmente escutarei todos os benefícios do que ele quer me vender. Sou uma boba mesmo.
Ao abrir a porta a surpresa me invade e tenho certeza que arregalei os olhos pra visão à minha frente.
Meu Matt. Tão lindo. Tão perfeito. Tão ele.
Apesar do semblante sombrio devido as marcas do cansaço é meu Matt, o amor da minha vida.
Não consigo falar nada. A ansiedade tomando conta de cada poro do meu corpo. Será que a previsão do John se cumpriria naquele dia? Será que Matt tinha se dado conta do quão imbecil e injusto estava sendo?
- Precisamos conversar. – ele quebra o silêncio.
Ele entra porta a dentro e eu faço o mesmo depois do choque inicial. Olho pra ele em silêncio. Oh, Deus, como eu o amo.
- Eu amo você. – ele diz.
A confusão tomou conta de mim. Depois de ouvir coisas terríveis da última vez que nos vimos, ele volta com um eu te amo. Meu estômago deu várias cambalhotas e meu coração errou uma batida.
- Tentei de todas as formas te esquecer, mas não obtive sucesso.
Sua voz era sombria. Tão diferente das vezes que eu o ouvi se declarar pra mim.