19. Bella

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Meu olhar se perde através da pequena janela. O dia está ensolarado. O céu está de um azul perfeito com nuvens que mais parecem tufos de algodão. Não faz muito calor, afinal, estamos quase entrando no outono. Meus pensamentos se tornam distantes quando sinto Matt apertar de leve minha mão. Olho pra ele e sorrio. Estamos a bordo do seu jato particular a caminho de Cappel.

Ele não diz nada, então volto minha atenção à pequena janela. Não contei aos meus pais sobre nossa visita. Disse ao Matt que era porque queria fazer uma surpresa, mas não era verdade. A realidade é que eu não queria que meus pais mencionassem com ninguém sobre meu retorno. E ninguém entenda-se por Douglas. Apesar de esconder isso de Matt, estou certa que ele sabia.

A viagem é curtinha. Em Cappel não existe aeroporto, mas como estávamos numa aeronave particular, aterrissamos numa propriedade particular.

Ao descer do jato, um carro com motorista já nos esperava eu aspirei aquele ar puro. Olhei ao redor e saboreei a doce beleza daquele lugar da minha infância. Senti saudade dali. Saudade de uma época tão boa. Uma lágrima solitária apareceu inoportunamente.

- Arrependida por ter vindo. – neguei e sorri.

- Agradecida por ter vindo.

Entramos no carro e o motorista nos conduziu à pequena fazenda onde eu cresci. Onde eu brinquei. Onde fiz minhas primeiras descobertas sobre o mundo. A casa amarela vibrava em meio ao verde. Minha mãe apareceu na porta ao ouvir o carro chegando. Matt desceu do carro e ofereceu sua mão. Então eu saí do carro. Olhei minha mãe e chorei emocionada. Seu olhar era um misto de incredulidade e felicidade. Ela não disse nada, apenas abriu os braços e eu corri para eles. Ela também chorava.

- Minha pequena fada voltou. – nós nos apertávamos nos braços uma da outra. – Quanta saudade, meu amor.

Eu a olhei com os olhos vermelhos de felicidade.

- Eu também, mãezinha.

Ela lançou um olhar para Matt que sorria.

- Vejo que trouxe um amigo. – a palavra amigo saiu de forma sugestiva. – Venham. Vamos entrar.

Dona Carol passou o braço por meus ombros e nos conduziu até dentro de casa. Nos sentamos no sofá da sala. Olhei tudo ao redor e nada estava como eu me lembrava. Matt ficou em pé.

- Sente-se, rapaz, você não acha que vai crescer mais, não é? Gigante desse jeito.

- Mãe! – a repreendi.

Matt apenas sorriu e sentou à nossa frente.

- O que foi que eu disse? – se fez de desentendida. – Mas me conte, o que a fez retornar à sua cidade? – sorri e olhei pro meu amor.

- Mãe, esse é Matt Wright. – olho de minha mãe pra ele. – Matt, essa senhora impossível é minha mãe.

- É um prazer conhecê-la, senhora Walsh. – falou formal.

A seus pés (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora