4. Bella

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Eu acordo com um barulho de água. Será que está chovendo? Ou será que ainda estou dormindo? Estou sonhando? Meus olhos se abrem abruptamente quando eu me lembro de onde estou e o que fiz na noite anterior. Sento-me e constato que o homem que eu passei a noite não está ao meu lado na cama, está obviamente tomando banho mediante o barulho do chuveiro.

Levanto-me e estou pelada. Claro, Isabella sua louca, você transou e dormiu logo em seguida. Com um desconhecido. Meu Deus, um desconhecido. Eu me comportei como uma puta. Ele também deve achar que sou uma puta e quando voltar ao quarto vai me dispensar como se eu fosse uma qualquer. Ou será que ela vai me oferecer dinheiro? Meu Deus! Isso seria muito constrangedor. Muita humilhação.

Cato só meu vestido, meu sapato e minha bolsa porque a calcinha vejo rasgada no chão e o sutiã não sei em que mundo paralelo se meteu. Visto rapidamente. Tenho que sair antes dele retornar. Vou seguindo pra fora do quarto ainda descalça e dou num corredor, desço as escadas e vejo que não há porta para saída mas o elevador. Aperto o botão insistentemente como se isso pudesse fazer com que ele chegasse mais rápido. Não paro de olhar pra escada com medo dele descer. Faço uma prece silenciosa pra que eu consiga sair dali antes dele se dar conta da minha ausência. Uma eternidade depois o elevador chega. Vejo que estou na cobertura. O elevador se fecha e eu enfim posso respirar aliviada. Aproveito e calço meus sapatos e dou uma conferida no espelho, estou um horror. Ajeito meu cabelo na medida do possível. As portas se abrem e dou de cara com o porteiro. Ele me olha de um jeito que não consigo decifrar, mas tá na cara que ele é acostumado a presenciar esse tipo de cena. Nem parece surpreendido.

- Bom dia. - falo mais que constrangida.

- Bom dia, senhorita. - tento sorrir, porém foi em vão. A vergonha está estampada na minha cara.

- O senhor sabe dizer se por aqui tem alguma parada de táxi?

- Claro, senhorita. - ele saiu de detrás do balcão e foi até a porta, eu o segui. - Está vendo aquela praça? - ele apontou e me olhou. Eu assenti. - Ali tem táxi. Inclusive tem um parado. Provavelmente a sua espera. - ele sorriu solícito.

- Muito obrigada, senhor. - sorri em agradecimento.

- Não por isso, senhorita. - sorriu solícito novamente.

Assenti mais uma vez e saí do prédio. Cheguei ao táxi e indiquei meu destino. Meu coração então deu um sossego, seu ritmo normalizou.

Cheguei em casa e tudo estava no maior silêncio. Chris odiava acordar cedo quando não tinha trabalho e provavelmente ele ainda nem tinha voltado da farra. Violet não trabalhava aos finais de semana. Corri pro quarto e fui direto pro meu banheiro. Enchi a banheira e joguei alguns sais aromatizantes que tinham como finalidade me acalmar, acho que aquilo era uma mentira de marketing, mas eu gostava do cheiro.

A seus pés (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora