Meu (des)amor

XXXI

acima de tudo, hoje eu quero falar com você.
sim, você mesmo.
como anda o teu coração? e quando eu falo em coração, não quero que pense em relacionamentos românticos. não, não é isso que me interessa agora. eu quero saber de você. das tuas dores, teus medos, tuas incertezas.
eu quero que você se abra e fale sobre os seus sentimentos mais profundos, porque, sabe, não tem nada mais libertador do que reconhecer quem você é e conseguir falar abertamente sobre isso.
eu sei que às vezes a vida pode parecer pesada demais, e que haverão dias em que vai ser quase impossível levantar da cama e encarar o mundo de frente, mas eu te peço que não desista. por favor, não vai embora.
porque a névoa da tristeza pode te impedir de ver a beleza da vida, mas isso não quer dizer que ela não exista.
você é unicamente especial, mesmo que pense o contrário.
eu aprendi que o amor é a luz que rege nossas vidas, e espero que você sempre consiga enxergá-lo na sua. mesmo que você não veja o amor nos outros, encontre-o em si mesmo. reconheça-o nas sutilezas. afinal, o amor reside nas minúcias.
apenas não se entregue à escuridão.
continua aqui, tá bem? você faria muita falta se não estivesse mais aqui amanhã.
espero que esteja para sempre.
paz.