Meu (des)amor

XIII

eu espero que um dia você
encontre alguém que te faça ter todas as certezas que você nunca teve comigo.

alguém que te faça perder os seus medos, que te faça quebrar essa redoma de vidro em que você se protege por medo de se magoar. pelo simples medo do desconhecido.

e eu sei que um dia você vai amar tanto alguém que todas as suas dúvidas não serão nada perto da sua vontade de ficar.

você vai querer ficar.
como nunca quis comigo.

você vai querer ficar e fazer morada dentro de outro alguém, mesmo que a minha maior vontade tenha sido ser a sua casa, mas você nunca passou da porta da frente.

hoje eu aceito e entendo
que não era eu.
não era pra ser.
e tudo bem, porque a minha vida continua com ou sem você.

por muito tempo eu desejei o seu amor, mas se você não quis me dar, agora eu apenas te observo de longe.
te observo aprender com a vida e enfim aceitar que não podemos fugir dos nossos sentimentos para sempre.

e por isso eu sei, querido, que você vai encontrar alguém.
alguém que segure a tua mão e te sinta de perto e te ame de olhos fechados como eu amei.

eu estarei longe, mas ainda caminharei com você.
porque eu tentei o suficiente para perceber que não cabia a mim a função de te fazer querer conhecer o amor.

mesmo que você não saiba onde estou, eu te observo daqui e desejo tudo de melhor.
porque não importa onde eu esteja,
nem quanto tempo passe,
eu ainda te sentirei de longe.