XXXVIII

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há noites em que
as minhas lágrimas
parecem pesar tanto
que escorrem pelo meu rosto
e inundam a minha alma
levando tudo aquilo
que é pensado,
mas nunca dito.
as paredes do meu quarto
presenciam mortes e renascimentos
todos os dias.
quantos já não morreram à noite
e renasceram no dia seguinte?
somos sobreviventes
que assistem o fim do mundo
toda noite, de camarote.
essa é a nossa sina:
ver o nosso universo ruir
e depois lutar para reconstruí-lo.
talvez isso seja o que chamam de resiliência.

Meu (des)amorOnde histórias criam vida. Descubra agora