VIII

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e aos poucos eu vou me livrando de você,
como quem tira uma roupa que não serve mais.
cada peça que cai equivale a uma parte sua que eu deixo ir.

eu
me
liberto

me liberto de você e de tudo que nós fomos. tiro esse peso dos meus ombros e percebo que posso voar.
sempre pude.
mas você me prendia ao chão.

aos poucos eu vou me livrando de você.
me despindo da sua presença.
te deixar ir talvez seja o meu maior ato de amor. (o próprio).

eu dispenso o seu peso, baby.

agora eu posso alçar voo.

Meu (des)amorOnde histórias criam vida. Descubra agora