q u a t r o

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- Ah, Tzuyu - Falo quando me viro de costas a vejo parada atrás se mim.

- Annyeong, como vai? - Ela se alinha ao meu lado.

- Na mesma... - Respondo, mesmo que ela não saiba o que significa: na mesma para mim.

- Nem um pouco nervosa? - Está pergunta me fez pensar, sobre o que eu estaria nervosa, exatamente?

- Nem um pouquinho. - O que é verdade.

Nesse momento todos entraram no prédio, uma multidão se forma, porém, não estamos todos indo ao mesmo lugar, afinal havia outras salas e estacialidades distintas.

- Aish, - Ela murmura - Estou atrasada, até mais - A garota sai correndo desengonçada.

Pela primeira vez não sou eu quem faço o uso dessa frase, - Mesmo estando na mesma situação. - Procuro o número 17 e não acho, e para melhorar não tem mais ninguém pelos corredores. Olho para os lados afim de avistar alguém quando vejo vindo em minha direção ele.

Com uma espécie de sorriso, que fecha brevemente seus olhos:
- Vizinha! - Fala sorrindo. - Não esperava te encontrar aqui.

Meus olhos reviram-se:
- Eu quem o diga.

Ouço uma risadinha baixa:
- Você só sabe fazer isso quando tá irritada? - Ele pergunta.

Olho em volta em uma tentantiva fracassada de adivinhar qual é a minha sala:
- Isso o que? - Dessa vez olho para ele com cansaço.

- Revirar os olhos... - Senti uma vontade incontrolável de revira-los novamente e não consegui me conter. - Está vendo? Bom, te vejo mais tarde.

Se dependesse de mim, não cruzariámos nunca.

Continuo a procurar e a encontro, vou correndo pelas escadas, chegando lá o professor já estava em frente ao quadro.

Bati no vidro da porta e ele veio abrir.

- Aluna nova? - Ele pergunta

- Sim senhor. - O cumprimento e ela faz o mesmo.

- Por favor, entre e se apresente. - Fala me dando passagem

Isso não me aterroriza. Na escola, ouvia minha amigas, - poucas amigas. - reclamarem da corrente de adrenalina que percorria seus corpos, sempre que estara desamparadas em meio à muitas pessoas, quando eram o centro das atenções. Mas, felizmente, nunca senti tal bloqueio.

- Annyeong. - Balanço minha mão esquerda uma única vez. - Sou Min Ailee, tenho 21 anos e como podem ver sou aluna nova. - falo olhando para o professor na última parte.

- Muito bem Srt. Min Ailee, pode se sentar. - Ele aponta para à única cadeira vazia.

Fui até a última cadeira da fila do meio e sentei-me, todas as outras já estavam ocupadas então, só me restava assistir essa aula aqui.

Não costumo ter empatia por professores, normalmente me dou bem com eles, mas, este professor aparenta não gostar muito da minha presença, então, não me resta outra opção à não ser retribuir o favor.

Quando o sinal tocou, tive mais duas aulas em salas opostas, posso dizer que ambas foram mais aceitáveis que a primeira. Durante a terceira aula conheci mais uma garota, ela se chama Jiwoo.

- Então, você é brasileira? - Ela pergunta

- Sim... - A respondo - Na verdade meus avós são coreanos. Enfim, eu nunca entendi bem a história da minha família, mas arrisco dizer que meus avós eram nativos.

- Entendi, - Ela recebe uma mensagem. Sei disso por que seu aparelho celular vibra e ela sorri. - Ok Ailee, preciso encontrar meu namorado, depois nos falamos.

danger /KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora