Por um lado meu coração se aliviou mas por outro se partiu em ver a situação daquela família:
- Ele era um homem bom, - A mulher suplicou - Eu juro!
- Eu acredito no que me diz. - Afirmo - Eu confio em você noona.
Uma criança que acredito ter mais ou menos uns sete anos apareceu na pequena sala. Ele viu sua mãe chorar e me olhou fundo:
- Máscara, - A criança falou - Escura, preta.
- Máscara? - Perguntei um tanto assustada. - Pode me contar mais sobre isso?
- Chapeuzinho vermelho... - Ele imitou seu gorro avermelhado - Mas o dele era preto, tia.
- Vamos, brincar? - Falo pegando-o no colo e o levando para fora da casa. - Me dê sua mão.
O garotinho segurou minha mão e eu o guiei pelas covas. Quando era possível visualizar o coveiro e o menininho apertou minha mão mais forte:
- Você quer conversar, sobre seu appa? - Me abaixei ficando na altura do garoto. - A pessoa que levou seu appa, tinha o gorro da chapeuzinho vermelho?
- Simn - Ele balança sua pequena cabeça. - Preto, ele era o chapeuzinho preto do mal.
- Ele falou alguma coisa? - O menino balançou a cabeça negativamente. - Vamos para casa, eu quero conhecer seu quarto.
O menino novamente pega minha mão e me guia de volta a sua casa. O garoto me mostra seu quarto, ele é pequeno, acredito que durma com seus irmãos e mãe aqui. Calmamente procuro por pistas, qualquer coisa, o pequeno quarto não há janelas onde o mascarado podeia escrever. Mas existe uma cômoda, olho suas extremidades e encontro um papel embrulhado a um caco de vidro ensanguentado, provavelmente usado para matar o homem. Pego o mesmo e o abro:
"Você me parece inteligente, parabéns."
Àquilo não me parecia suficiente. Desimbrulhei ainda mais o papel e encontrei uma classe de palavras.
"M OE BXO DST
E C E AOL EAO
PUM IDA SP
RR A SA
S E
U"O menino me analisava com espanto e eu retribui o olhar:
- Pode me dá um abraço? - O garotinho corre até mim e me abraça. - Eu lamento por seu appa, é assim que chamamos onde eu morava... A pessoa que fez isso com ele, vai ser presa, pode ter certeza.
- Eu amo meu appa. - Ele fala
- Eu também amava o meu...
Desliguei meu aparelho celular e dirigi de volta para casa tentando desvendar o que seria essa mensagem em códigos. Cheguei em casa e tinha um lembrete colado em minha geladeira, o relógio marcava seis e trinta, hora de ir para a faculdade.
"Estou em casa. Pode por favor devolver meu carro?"
De início deu vontade de cair na gargalhada, mas por fim eu estava atrasada e errada. Em meu quarto peguei o diário de Taehyung e o coloquei na bolsa para me certificar que ficará tudo bem com ele. A porta do apartamento de Jungkook estava encostada então apenas a empurrei e o garoto vestia uma calça quando cheguei:
- Desculpa. - Falo olhando para a televisão.
- Pelo carro? - Ele pergunta.
- Também - Lhe respondo - Ahn.. Vamos?
Ele sabia que eu o contaria sobre o que acontecera mais cedo por isso nem se preocupou em perguntar. Ele me deu o carro para que eu pudesse digirir e assim fiz. Chegamos na escola e seguimos nossos caminhos totalmente opostos até a sala de aula teórica. O professor demorou um pouco para chegar então eu pude tentar desvendar o enigma. Porém falhei, o enigma segue um padrão e eu teria que o segui-lo, qualquer palavra mal colocada me daria uma resposta diferente da que procurava.
A aula acabou e Jiwoo não me mandou bilhetes ou coisas do tipo, ela apenas me ignorou o dia inteiro. Estamos na hora do almoço, vi a garota sentada com Matt e Jungkook então resolvi que não queria ficar com ele, agora.
Me dirigi a uma mesa vazia no fim do pátio. Mordisquei a maçã que estava em minha bandeja e por fim olhei mais una vez para o papel a minha frente onde consegui visualizar a palavra "Baixo" gargalhei alto mas não sei se foi de raiva ou emoção.
Onde querem chegar com esses joguinhos?
E por que eu estou jogando?
Meu olhar estava distante quando escuto a voz de aomma dizendo:
- Eles nasceram um para o outro. - Omma fala olhando para TaeTae's omma que concorda gentilmente com a cabeça.
- Dessa amizade pode nascer frutos... - Ela termina. - Eles já tem dezessete anos, é possível que já tenha nascido um laço forte entre os dois.
Então novamente me lembrei do motivo pelo qual estou aqui, em uma academia de Polícia. Pela sala principal, vi alguém como o policial Park Jimin, a pessoa era exatamente igual a ele, totalmente igual. Comprimi meus olhos para pode-lo enxergar e estou certa, Park Jimin está em Nova Orleans.
Corri até o banheiro, o plano seria ficar lá até que as aulas acabassem à não ser por um buraco no pvc, olhei para cima tentando ver além daquele lugar escuro. Subi no balcão do banheiro ficando em pé no mesmo, coloquei um pé nas divisórias de cada ala sanitária, e por pouco consegui me equilibrar, novamente colocando um pé para o espaço à cima no banheiro. O lugar fede em poeira, mas o espaço é enorme, sigo em frente tentando visualizar quem ou o que estara ali porém é muito escuro para se enxergar. Em todo túnel à uma luz, porém a minha era a de um computador. Havia um computador instalado, me aproximei do mesmo tentando desfocar toda a iluminação. Não era um simples computador nem de longe, o mesmo estava ligado à câmeras por toda a escola e no canto da tela havia uma foto minha com Taehyung.
Meu coração disparou mais uma vez. Quem faria uma coisa dessas?
Tirei o celular do bolso e tirei milhares de fotos do local, inclusive das câmeras. Em uma delas mostrava claramente Park Jimin saindo do prédio facultativo. É hora de ir embora também, pois quem quer que esteja aqui pode voltar a qualquer momento.
- Jungkook, - Chamo sua atenção. Já estavamos em casa, na verdade na minha casa e eu tentava lhes contar o que acontecera mais cedo. - É verdade, tem um computador com acesso a câmeras.
- Tá, e quem você acha que se esconde por lá? - Ele pergunta me olhando.
- A mesma pessoa que me invadiu. - Falo. - A mesma que me salvou na festa, a mesma pessoa Jungkook que eu chamei naquela noite porém ele saiu correndo. Eu só estou tentando dizer que acredito na possibilidade de ser Kim Taehyung.
O menino me observa por um momento, parece procurar as palavras certas - Park Yang Min, - Ele me chama e eu levanto a cabeça o olhando. - O policial que esteve hoje na faculdade, me garantiu que seu amigo morreu.
- O que? - Pergunto intacta. - Claro que não. Você não vê as pistas? Não é claro o suficiente todas as evidências?
- Acharam seu corpo. - Ele conclui. - Seu amigo está morto.
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danger /KTH
FanfictionUma onda de assassinatos e sequestros ronda a cidade de Daegu, você nunca espera que nada vá acontecer com você, até que acontece com seu amigo mais próximo. Foi o que aconteceu com os melhores amigos, Park Yang Min e Kim Taehyung. [01/09/2017 - 26...