Alexa

- Eu esqueci meu celular na bolsa.- Digo mordendo um pedaço do cachorro quente.

- E?.- Gaby pergunta.

- Preciso ficar com ele, para o caso de meu pai ligar, já volto.- Me levanto e ela acena.

Caminho pelos corredores cheios de pessoas, até chegar em minha sala e me deparar com uma cena que infelizmente fez meu coração se apertar.

Bella em cima da mesa, Zac entre sua pernas, os dois se beijando, eles estão quase tirando as roupas ali mesmo.

Eles se assustam com o meu pigarreio.

- Posso entrar?.- Pergunto, tentando fazer com que minha voz pareça indiferente, olhando diretamente para Zac que está limpando os lábios sujos de batom.

- Não, não pode, estamos ocupados, não está vendo?.- Bella diz irritada.

- P-pode entrar sim Lexa, a sala é pública né.- Zac sorri sem graça, tentando não olhar em meus olhos.

Não digo nada e nem sorrio, apenas entro e vou até minha carteira, abro minha bolsa e tiro o celular saindo dali rapidamente, escuto ele chamar meu nome, mas ignoro.

.

- Urg.- Bufo quando me sento em frente a Gaby na cantina.

- O que foi dessa vez?.

- O Zac e a puta da...- Paro assim que vejo o sorriso em seu rosto.

- Então você está com ciúmes?.

- Ciúmes? É claro que não, eu... só não gosto daquela garota.

- Amiga... isso é ciúmes.- Diz e eu rio.

- Não, não é.

- Alexandra Daddario, é ciúmes sim, admita.

- Rum, termina de lanchar aí, o sinal já vai tocar.- Decido acabar com aquele assunto estranho.

*
*

Lily

- Já chegamos?.- Pergunto de olhos fechados para Logan.

- Só um momento.- Me puxa mais um pouco.- Chegamos, pode abrir os olhos.

Abro os olhos e encontro uma porta azul em minha frente, junto as sobrancelhas.

- Nossa.- Rio.- Que porta linda, tem uns detalhes brilhosos nela né.

- Lily..- Ele ri de meu sarcasmo.- Abre a porta.

- Mas é proibido, olha.- Aponto para um nome em cima da porta escrito"Não entre".

- Proibido é mais divertido, agora abre.- Rio fazendo o que ele pede, e me deparo com um local escuro.

- Que escuro legal, será que tem outros t...

- Entra.- Me interrompe me puxando para dentro, ele fecha a porta atrás de nós e a escuridão toma conta, me fazendo sentir um pouco de medo.

No momento em que ele liga a luz, meus olhos brilham observando o local.

Uma biblioteca, gigante, entupida de livros, e pelo que posso reconhecer alguns, A culpa é das estrelas, Harry Potter e muitos outros que eu sempre quis ler.

- M-meu Deus.- Olho ao redor.- Isso é o paraíso, vou morar aqui.- Digo e ele ri.

- Eu também queria.

- Olha!.- Corro até uma estante, pegando um dos livros.- Como eu era antes de você, sempre quis ler.

- 50 tons de cinza.- Ergue um livro, sorrindo malicioso, reviro os olhos.

- Isso aqui é simplesmente incrível.- Sorrio.

- Eu sou foda, pode falar.- Se gaba.

- Eu não disse isso.- Rio.- Como nunca vi esse lugar.

- Eles deixam esses livros aqui para quando os alunos precisam fazer trabalhos, nunca levam pra biblioteca ou...

- Roubariam?.- Completo

- Exatamente, a maioria desses livros, o custo é de 100 para cima.

- Nossa.- Rio e no mesmo momento escutamos um barulho do lado de fora, nos fazendo ficar em alerta.

- E agora?.- Pergunto ao que o barulho vai ficando mais próximo, junto com vozes.

- Vem comigo.- Puxa minha mão, um arrepio sobe por meu corpo quando sua mão toca a minha novamente, largo o livro e vou com ele.

O barulho da porta sendo aberta é ouvido enquanto nos enfíamos no meio das prateleiras.

- Sai aí.- Aponta para uma janela um pouco aberta.- Rápido.

Rio baixo pela adrenalina e passo dificilmente pela porta, quando saio, me viro para ele que ainda está do lado de dentro.

- Vem.- O chamo.

- Só um minuto.- Ele some da minha vista e em dois segundos aparece de novo, se esforçando para passar pela janela aberta pela metade.- Vamos.

Corremos o tanto que conseguimos, ele se joga na grama e me leva junto, nós dois caímos na gargalhada.

- Isso... isso foi muito louco.- Digo em meio as risadas.

- Minha vida é louca.- Ele diz olhando para mim.

- Percebi.

- Acho que perdemos o horário.

- O professor vai nos matar.

- Relaxa, é só da uma desculpinha, finge que você está doente e eu tive que te levar pra casa.

- Porque sou eu quem tem que estar doente?.- Pergunto e ele ri.

- Porque certamente você não tem um carro e nem sabe dirigir para me levar pra casa.

- Justo.

Nos levantamos e eu olho ao redor.

- Nunca vi aqui.- Olho para o gramado verde cheio de flores coloridas.

- Você nunca viu um monte de lugares aqui, Lilyzinha.- Olho para ele.

- Lilyzinha?.

- Gostou? meu novo apelido pra você.- Faço uma careta e ele ri.

- Muito tosco.

- Não gostou?.

- Não.

- Então vou te chamar assim.

- E que tal eu te chamar de... Lolozinho.- É a vez dele fazer uma careta.

- Não gostei, você me imitou.

- Não imitei, Lolozinho.

- Imitou sim, Lilyzinha.- Se aproxima de mim.

- Lolozinho.- Me aproximo.

- Lilyzinha.- Ficamos nos encarando por longos 20 segundos, e então caímos na gargalhada de novo.

- Você é idiota.

- Tabom, agora olha isso daqui.- Tira um livro de trás dele, Como eu era antes de você.

- C-como... como você...

- Eu sou foda, já falei.- Diz e eu pego o livro de sua mão.

- E se eles derem falta?.

- Não vão, tem outros milhões lá, quando você terminar, você me devolve e eu boto la.

- Eles vã...

- Eles não vão Lily, eu sei o que estou dizendo.- Ri.- Pode ler.

- Você é maluco.

- Você já disse isso, agora vamos sair daqui, ou seremos pegos.- Pega minha mão, é o arrepio sobe por meu corpo novamente.

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