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- Sage - Avan me chama quando estou me virando para entrar em casa.

Nós passamos o dia juntos e, apesar do dia de merda que eu estava tendo, eu realmente consegui deixar de lado todos os assuntos que estavam para explodir minha cabeça por alguns minutos e me divertir de verdade.

Avan era engraçado, um tanto malicioso, eu diria, mas ele era carinhoso e divertido - o que foi uma novidade pra mim. Eu realmente esperava que ele fosse narcisista e egocêntrico. -, ele me deixava falar e não ia contra tudo o que eu dizia - como certas pessoas fazem -, e eu cheguei a achar que ele não estava ouvindo realmente, que tudo o que eu estava falando entrava por um ouvido e saia pelo outro, mas mudei meu pensamento quando, em algumas conversas, ele lembrava ate dos detalhes que eu tinha dito. Eu me sentia à vontade na sua presença, isso era bom.

Ele me comprou Frozen Iorgut e eu prendi seu dedo na porta. Foi sem querer, eu juro.
Eu achei uma playlist de High School Musical em seu Spotify quando eu estava vendo suas músicas em seu celuar. Coloquei pra tocar uma música e ele cantou ela. Nesse momento eu decidi que poderia confiar nele.
Nós fomos a um parque. Na entrada desse parque havia uma placa bem nítida escrito em letras vermelhas

"NÃO ALIMENTE OS POMBOS".

Porém, a seguinte história aconteceu:
Nós caminhamos até o centro do parque onde havia um banco. Nós caminhamos até ele e nos sentamos. No parque inteiro havia uma quantidade desnecessária de pombos. Um desses pombos começou a vir em minha direção. Ele balançava a cabeça daquele jeito suspeito em que pombos balançam a cabeça e, não é que eu tenha medo de pombos, eu só não quero proximidade com eles.
Eu estava focada naquele pombo, atenta a qualquer movimento que fosse indicar que ele iria me atacar enquanto ele continuava a vir em minha direção.

- O que esse pombo fez pra você, pra você estar encarando o pobre com tanta desconfiança? - Avan me tira de meu devaneio. Arrasto minha bunda um pouco para o lado no banco, chegando mais perto de Avan.

- É que eu acho que ele vai voar na gente. - digo. Avan ri.

- Você tá com medo? - viro minha cabeça súbitamente em sua direção o fitando com os olhos.

- Não. Eu só não quero que ele voe em cima de mim! - Avan deu de ombros aceitando minha aversão ridicula.

- Ele só deve estar com fome. - e foi ai que ele errou: Avan enfiou seu indicador dentro do seu pote de Iorgut e pescou de lá um pedaço de morango. Eu franzi o cenho com tanta violência que eu achei que ele iria ficar franzido pra sempre.

- Avan, você não pode alime...- mas já era tarde. Como o Iorgut é uma coisa homogênea e, portanto, pegajosa, quando Avan foi jogar o pedaço de morango cheio de Iorgut ele ficou meio grudado em seu dedo, então o pedaço não foi arremessado mais do que 3 centimetros longe do meu pé. E isso foi a pior coisa que já me aconteceu. O pedaço nem tinha tocado no chão direito e os pombos já começaram a vir tudo pra cima.

Eu mesma entrei em desespero e me joguei pra cima do colo do Avan. Avan esse que também entrou em desespero e na hora de levantar me atropelou e nós quase caímos. A parte boa da história é que nós corremos e conseguimos nos salvar. A parte vergonhosa 2.0, foi que o parque inteiro, que estava cheio de pais e mães com seus filhos e pessoas que gostam de fazer exercício, e essas pessoas começaram a rir de nós dois. Depois do susto, eu e Avan nos encaramos e começamos a ter uma crise de riso.

Foi péssimo, porém, maravilhoso.

Me viro para ele, que estava encostado em sua moto, novamente e ele estende sua mão para que eu a segure. Eu assim faço e ele me puxa até ele devagar. Avan segura meu rosto com suas mãos enormes e pressiona um beijo em meus lábios, sem envolver lingua, apenas um selinho demorado.
Quando ele afasta nossos lábios está sorrindo, e eu também.

SAGE. || H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora