SAGE. || H.S

09 🌹

Respirei fundo e sai do carro sem nem olhar pro Harry. Parece que de um momento pro outro fiquei sóbria.
Tentava dar passos normais até a porta onde se encontrava minha mãe parada me olhando, esperando que eu passasse. Assim que passei por ela e escutei o barulho da porta sendo fechada me preparei para os gritos que ela daria, mas esses nunca chegaram. Me virei para a mulher e ela estava parada a olhar-me.

- Vai comer alguma coisa, sobe pro seu quarto e vai dormir. Amanhã a gente conversa. - foi o que ela disse antes de colocar a chave da porta na bancada que separava a sala da cozinha e subir para o seu quarto.

Soltei um suspiro que eu nem sabia que estava segurando e agradeci mentalmente. Me perguntei se ela não tinha dado falta da Tori ou estava guardando energias pra tacar a mesa em cima da gente amanhã.

Depois de atacar a geladeira e beber muita água - não sabia que beber te deixava com tanta sede - o sono começou a dar as caras.

Entrei no meu quarto me livrando de qualquer roupa que estava no meu corpo, ficando apenas de calcinha e pegando um camisão velho que ia até metade das coxas. Tranquei a porta do meu quarto e me joguei na cama. Assim que cobri meu corpo e fechei os olhos escutei toques que parecia alguém batendo na janela do meu quarto que levava direto a sacada. É claro que não me movi pra ver se tinha alguém realmente batendo em minha janela, apenas ignorei e voltei a fechar os olhos. Até escutar o barulho de novo, e dessa vez escutei alguém me chamando também. Levantei me sentando na cama esperando o barulho mais uma vez pra ter a certeza de que não estava louca.

- Sage? Sage? - três batidas. Me levantei e andei rapidamente até a enorme janela abrindo-a.

- O que você está fazendo? - Harry estava na sacada.

- Tá frio. Posso entrar? - franzi o cenho.

- É... O.K. Entra?! - deixei ele entrar e fechei a janela.- Como você chegou aqui em cima? - Eu estava realmente preocupada em saber como e porque ele estava aqui em cima.

- Seu pai tem... isso... isso não é o que interessa agora. - o olhei assustada.

- Tabom. Se o fato de você ter conseguido subir até a sacada do meu quarto, o que significa que qualquer um consegue faze-lo (e isso me assusta), se isso não interessa agora... o que, exatamente, interessa agora? - eu queria conseguir descrever o jeito que ele me olhou quando eu perguntei isso, mas estava ocupada demais reparando no jeito como ele molhava os lábios com sua lingua.

Aquela vontade havia voltado novamente.

Tenho certeza que meu coração parou duas batidas quando ele disse:

- Você não achou que me provocaria daquele jeito e ficaria por isso mesmo, não é? - nós não estávamos muito longe um do outro, então com um passo ele chegou até mim, sem cerimônia e sem enrolação, antes mesmo que eu pudesse calcular, já podia sentir o gosto agridoce de seus lábios em minha língua.
Aquilo conseguiu roubar toda a minha atenção, eu não pensava em qualquer outra coisa quando em um impulso ele me puxou pra cima e minhas pernas rodearam sua cintura, suas mãos apertaram minha bunda com uma pegada que realmente me deixou sem ar. Eu parecia estar pegando fogo.

Harry andou até a cama ficando de joelhos em cima dela, procurando apoio enquanto com suas mãos ele tirava minha camisa jogando-a no chão, e antes que eu pudesse pensar, eu estava tirando a dele também. Me senti um pouco exposta quando seus olhos percorreram meu corpo e pararam no meu seio totalmente a mostra, me encolho um pouco e os tampo com os braços. Harry rapidamente nega com a cabeça levantando meu queixo com os dedos.

- Não tem que se esconder. Não de mim.

Ele me deita em minha cama, sua língua percorrendo meu pescoço me deixava arrepiada e excitada dos pés a cabeça.

E quando achei que as coisas ficariam quentes, alguém bate na porta do meu quarto.

- Sage?- o barulho me fez levantar com tudo, e a sensação era como se eu estivesse caindo quando eu estava claramente na minha cama, e a parte decepcionante nem era essa...

A pior parte foi quando eu me dei conta de que não tinha Harry, não tinha beijo, não tinha nada! Me joguei pra trás na cama grunhido porque aquilo tudo havia sido só um sonho.

- Sage? - Reviro os olhos.

- O que foi inferno? - vociferei.

- A Mãe que mandou te chamar, grossa! Ela quer falar com a gente, e ela ta puta da vida. - suspirei.

- Tabom, tabom. Fala que eu já vou. - um silêncio como resposta.

Minha respiração ainda estava acelerada e tudo o que eu conseguia pensar era no sonho que eu acabei de ter.

Por que eu sonhei com o estúpido do Harry?
E por que eu estava de olhos fechados desejando internamente voltar a sonhar com aquilo?
E pior... por que eu havia ficado excitada?

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