Capítulo 4: Divertido, mas cansativo

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Eu estava saboreando moderadamente o incrível macarrão com calabresa que minha mãe fez. Moderadamente porque senão o idiota do Dan ia reclamar que eu como feito um bicho e também eu não queria passar uma má impressão pra Maria.

— A comida tá deliciosa como sempre, tia Carla! — Dan elogiou a comida.

— Obrigada! — sorriu. — Eu tento o máximo que posso.

— Não, sério. — Maria entrou na conversa. — A comida que a senhora fez tá indescritível.

— Já falei que não precisa me tratar assim, Maria. Pode me chamar de tia que nem o Daniel. E, obrigada pelo elogio também.

— Não vai falar nada, Marcos? — Dan perguntou, enquanto eu estava cautelosamente mastigando meu macarrão com pedaços de calabresa bem temperada.

Engoli rapidamente e disse:

— Tá realmente muito boa, mamãe!

— Não precisava engolir tão rápido. — deu uma pequena porém calma e delicada bronca de mãe. — E você come isso quase todo dia, filho. Achei que nem gostasse mais.

— O quê?! Como assim? Eu adoro!

— Ah, então era essa a comida que 'tava nos pratos que a gente tirou do seu quarto, Marcos. — Dan brincou.

Eu direcionei desesperadamente meu olhar para ele, pra ele entender que não era pra mencionar que meu quarto estava uma bagunça. Ele entendeu.

— Ah... mas... Maria, que horas você tem que voltar pra sua casa? — ele tentou desviar o assunto.

— Tenho que chegar até as oito da noite. Então, temos muito tempo para jogar videogames e vocês me ensinarem a jogar esse tal de Pokémon.

— Ai ai... — minha mãe bufou. — Mais uma pessoa arrastada pra esse jogo.

Dan e eu começamos a rir da lamentação da minha mãe, porque a gente só sabe falar disso.

— Mas, Maria. — ela continuo. — Não esquenta com horário não, que eu posso te levar de carro. E como a cidade tá calma por ser quase Ano-Novo, dá pra chegar a qualquer lugar bem rápido.

— Ah! O-obrigada senhora — ela pensou duas vezes — Quero dizer, tia Carla. Isso se não for muito incômodo, é claro.

— Que nada! Não será incômodo algum. E vocês dois? — olhou para mim e pro Dan. — Nem parece que depois de amanhã é Ano-Novo. Vocês sequer estão na Terra ou estão num poke-planeta qualquer?

— O jogo se passa na Terra, mamãe. Bom, ao menos eu acho. Tenho que pedir pro papai traduzir algumas coisas pra ter certeza... Mas, é só Ano-Novo. Fogos, barulheira e a gente ter que trancar os gatos em casa pra não pirarem.

— Gatos?! Onde?! — Maria ficou animada.

— Ah, você não os viu ainda. Devem estar andando pelo quintal traseiro da casa. Temos três gatos, uma branca chamada Baunilha, um preto chamado Dráuzio e um filhotinho bege chamado Bowser.

Ela claramente estranhou os nomes e fez a pergunta óbvia:

— Err... quem os nomeou?

— Ah, eu e o meu marido adotamos a Baunilha e o Dráuzio recém-nascidos no aniversário de cinco anos do Marcos. Quem nomeou a Baunilha foi o meu marido e eu que nomeei o Dráuzio.

— Mas... por que Dráuzio? É um nome... exótico pra um gato.

— Ah, eu achei que ele tinha cara de Dráuzio.

A Flor Que Nos UniuOnde histórias criam vida. Descubra agora