Capítulo 5: As flores e suas cores

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Por ter dormido cedo ontem, acabei acordando umas seis da manhã. Tentei voltar a dormir, mas não consegui.

Depois de tentar muito voltar a dormir e desistir, chequei o relógio na mesa de cabeceira.

— Sete da manhã? Qual ééé... — e usei meu travesseiro para abafar mais queixas.

Me sentei na cama e estranhei meu quarto limpo e arrumado. Lembrei do dia de ontem. E depois de alguns minutos relembrando, eu tive uma ideia.

Saltei da minha cama e fui direito ao banheiro para tomar banho e me arrumar.

Coloquei minha camisa vermelha escura favorita e uma bermuda jeans. Logo quando eu ia sair do quarto, lembrei de checar o ICQ.

Ontem a Maria havia mandado uma mensagem às oito e meia da noite escrito:

"Obg pelo dia inesquecível! Da próxima eu te venço nos jogos de luta"

E uma do Dan estranhamente enviada uma da manhã escrito:

"Se vc tá lendo essa mensagem: VAI DORMIR, MARCOS"

Estranhei também o fato de eu ter recebido a mensagem uma da manhã. Pelo visto a Rebeca ou chegou muito tarde ou ficou de castigo. Ou a combinação dos dois.

Desci as escadas e meus pais estavam tomando o café da manhã. Nenhum sinal da Rebeca.

— Mamãe, papai, eu vou sair, tá bem? — eu disse.

— Marcos... — mamãe usou seu tom de voz assustador.

— C-claro que depois de tomar café da manhã!

Me sentei junto dos meus pais e comecei a fazer um sanduíche na mesa farta.

— Eu nem perguntei direito ontem, mas o que vocês fizeram? Se divertiram muito? — papai perguntou.

— A gente jogou tantos jogos que eu nem sei listar e ouvimos muitas músicas. Foi bem legal, mas eu queria que você tivesse conhecido a Maria...

— Hum... — ele estranhou. — Você gosta dela ou estão namorando? — perguntou.

Com isso, eu corei. E rapidamente, minha mãe deu um tapa de leve no braço esquerdo do meu pai.

— N-não! Ela é só uma amiga minha! — respondi.

— Ele só tem doze anos, Gregório. Lá é idade pra namorar?

— D-desculpa, querida. — ele disse, com medo da mamãe. Até ele tem medo dela.

— Eu só queria que você tivesse conhecido ela porque eu tenho certeza que vamos virar grandes amigos. — expliquei.

— Ah, sim. Bom, ela pode vir quando quiser. Só avise a gente pelo menos vinte e quatro horas antes. Sabe como sua mãe é com a mania de limpeza dela.

— Sim, sei muito bem.

A mamãe não disse nada porque estava mastigando uma torrada. Mas ficou olhando pro papai com um olhar de "Eu não tenho mania de limpeza não". Mas ela tem.

— Ah. A Rebeca chegou tarde ontem? — perguntei.

— Se ela chegou tarde? MUITO tarde. Ela tá de castigo. Essas amizades dela não são boas influências.

— Acho que é coisa da idade, papai.

— Ela chegou três da manhã e acho que ela bebeu, Marcos.

— Ah... então ainda bem que ela tá de castigo. — dei um riso maquiavélico, sabendo que ela não iria usar o telefone por um tempo e assim eu poderia ficar mais tempo no computador.

A Flor Que Nos UniuOnde histórias criam vida. Descubra agora