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POV Draco Malfoy

Na saída do hospital vi Greengrass de mãos dadas com Nott, ele sempre a pegava no hospital às sextas-feiras.

- Boa noite Malfoy

- Boa.

Não quis dar motivos para uma possível conversa, me adiantei até uma parte deserta e segura para aparatar.

Assim que cheguei no meu apartamento fui para o meu banheiro, precisava relaxar.

Hoje em dia moro em uma cobertura duplex na Londres trouxa, era um luxo só, mas sinceramente pra mim era um enorme desperdício.

Tinha três suítes, uma sala no hall de entrada, sala com tela de cinema que os trouxas amam, uma cozinha grande, a sala de jantar tinha mesa pra trinta pessoas, nunca fiz uma refeição lá, normalmente como na bancada da cozinha já que não tenho convívio com ninguém, o segundo andar tinha uma pequena academia que era onde passava grande parte do meu tempo, um salão com jogos trouxas, uma área de lazer com uma pequena cozinha e a piscina enorme com hidromassagem.

Não comprei o apartamento pensando em nada disso, quis me desfazer da empresa da família, vendi tudo até a mansão, apliquei o dinheiro em algumas coisas que me trouxessem um bom retorno e o apartamento é uma forma de investir o dinheiro, quando precisar do dinheiro vendo.

Já estava a um tempo de molho na banheira quando batem na porta do banheiro.

- Menino Draco, eu fiz seu jantar.

- Gisele o que está fazendo aqui?

Me adiantei em me secar e colocar uma roupa, sai do banheiro e dei de cara com a minha funcionária (trouxa), tinha contratado ela apenas pra manter a casa em ordem, mas ela se afeiçoou muito a mim, mesmo eu não sendo tão carinhoso com ela, segundo ela nem todo mundo de bom coração demonstra o tempo todo.

- Seu jantar está lá na cozinha.

- Por Deus Gisele já te falei que não precisa me esperar e nem fazer comida, inclusive quando a casa estiver organizada você pode ir embora, não precisa ficar aqui. - (lembrem que ela é trouxa e acharia estranho ele falar Merlim)

- Olha menino, não importa que é você que paga meu salário, eu faço o que quiser oras e eu não vou deixar você se entupir daquelas porcarias, nem parece um médico.

- Tudo bem Gisele, agora vá pra casa e só voltei segunda, não quero vê-la aqui durante o final de semana.

- Era só o que me faltava, ter que obedecer um menino que tem cheiro de fralda ainda.

Ela saiu do quarto enquanto falava, ela era assim, eu ria sozinho do seu jeito, estava entrando na sala quando a vi sair e antes de fechar a porta ela gritou.

- Se me der vontade eu venho aqui quando eu quiser fedelho.

Acho que Gisele se sentia minha mãe, desde que entrou aqui nunca me perguntou nada sobre minha vida, vez ou outra jogava piadinhas quando eu trazia alguma mulher aqui, ela é viuvá, seu marido morreu antes que ela desce a luz aos seus filhos gêmeos, um não resistiu ao parto e o outro morreu por uma doença aos seis anos, talvez tenha se afeiçoado a minha por entender minha solidão.

Hoje era a primeira sexta-feira do mês, normalmente Blazio vinha pra cá e a gente fazia alguma coisa juntos, mas depois que ele começou a namorar era difícil ele vim aqui ao menos me ver, as vezes mandava uma coruja falando que ia na casa dos familiares da namorada ou coisa do tipo.

Mas hoje ele apareceu e não veio sozinho, trouxe Pansy Parkisson em seu encalco, analisando bem a situação, acho que ela o trouxe ate aqui.

- Pansy, o quanto ...

- Draco, não precisa disso, sei que me evita desde o ultimo ano de hogwarts, não sei porque , mas não se preocupe que não vim cobrar satisfação, só vim trazer Blazio.

- O que houve com ele?

- Não sei exatamente, mas acredito que tenha terminado o namoro. Ele sempre frequentava o restaurante do meu marido com ela, a alguns dias ele tem ido sozinho e ficado só no bar, ele tava tranquilo, mas hoje começou a dar trabalho abordando outros clientes e fazendo escândalo.

- Obrigada Pansy, vou cuidar dele.

Sem dizer nada Pansy saiu rebolando de nariz empinado, quando estava prestes a fechar a porta disse.

- Draco, seja lá o que tenha acontecido espero que possamos ser amigos de novo, eu amadureci e gosto realmente de você, fica bem.

Estava meio atordoado, mas resolvi não pensar muito, enchi a banheira com água gelada e coloquei o Blazio lá dentro, o deixei lá gritando feito uma criança, preciso que ele fique sóbrio logo.

Assim que ele foi se acalmando puxei um banquinho para próximo da banheira.

- Blazio, como você tá?

- Como acha que estou? Você me enfiou aqui nessa banheira gelada e ainda por cima de roupas.

- O que aconteceu?

- Angelina terminou comigo.

- E você precisava mesmo fazer igual um adolescente na puberdade e dar vexame?

- Qual é Draco, não tô pra sermão não.

- Tá, tá bom. Troca essa água aí e toma um banho, não precisa se adiantar não, demore o tempo que for, depois veste alguma coisa do meu armário lá.

Sai do banheiro e fui pro sofá.

Bem, meu plano pra hoje não era sair de casa, mas o Zambini não tava bem, iria a um pub qualquer com ele, não pra encher a cara e pegar geral, mas pra ficar tranquilo trocando uma ideia, quem sabe relaxado ele consiga me contar toda a história sem surtar.

Cave Inimicum IIOnde histórias criam vida. Descubra agora