Havia saído da casa de Clara, estava escuro era dez hors da noite. Andava pelas ruas desertas da cidade fumando meu Malboro em sentido ao meu lar, quando avistei uma mulher estirada no chão, parecia estar apagada. Corri em direção a esta, seu rosto,cheio de sangue para ajudar, medi sua pulsação, quase não dava para sentir "meu Deus como farei para levar esta mulher para o hospital?", pensei preocupado. A coloquei em meu ombro, a sorte é ela não ser tão pesada. Realmente ninguém passava na rua para ajudar a socorrer.
Demorou muito até chegar à um pronto socorro, meu corpo exauto de carregar este corpo todo ensanguentado, porém ainda vivo. Enfermeiros chegaram com uma maca, caí desmaiado no chão coberto.
Acordei em uma cama, desconhecida e um auxiliar de enfermagem ao meu lado:- Tudo bem com você? - Disse o homem, parecia ter 30 anos de idade.
- Sim. - Disse desorientado. - O que está acontecendo? Onde estou?
- Ben, o senhor desmaiou após chegar aqui. Pode me dizer o que houve? Por que estava com uma mulher com ferimentos graves nos ombros?
- É muito intrometido para apenas um enfermeiro.
- Sou um pouco sim.
- Não sei ao certo o que aconteceu, mas a encontrei jogada no chão apagada. Mal sei quem é. Como ela está?
- Ainda o estado é grave, porém está melhorando. Sua mãe está ai, vou chamá-la.
Ele saiu do quarto, dois minutos depois chegou minha mãe desesperada:
- Você tá bem? Machucou alguma coisa? Achei que estava morto moleque! Aiiiii... Eu estava tão preocupada... - Indagou ela.
- Eu estou bem sim mãe. Só não sei o que está acontecendo.
- Doutor disse que você veio com uma garota no seu colo toda machucada. Quem é ela menino? Você não tá fazendo nada de errado né?
- Não mãe, encontrei na rua, caída no chão. Então eu a trouxe para o hospital. Depois disso nem sei o que aconteceu mais.
Mamãe me deu um abraço aconchegante:
- Como foi na casa de Clara? - Perguntou ela.
- Foi legal. - Disse lembrando de tudo que acontecera.
- Huummm... Olha o que vai fazer com esta gartota em.
***
Havia voltado para casa. Faltava uma semana para as férias da escola, resolvi faltar o resto da semana.
Em estava com meu rádio ligado no volume máximo ao som de The Cure, na altura do campeonato os vizinhos estavam a ponto de se mudar pela perturbação. Alguém bate na porta. Era Cris:- Como encontrou a minha casa? - Perguntei surpreso.
- Uma pessoa veio te ver, ai resolvi vir junto... - Cris falou. Atrás dele estava Clara se escondendo dando risadas sutis.
- Você se esconde muito mal mesmo em Clara! - Correu sorrindo em minha direção e saltou em meu colo, me deu um simples selinho.
- Oi, Ben!!!! - Disse ela. - Você tá bem? Eu fiquei sabendo do ocorrido, então vim ver se estava tudo em ordem.
- Aparentemente bem.
Os dois entraram como se fosse suas casas, Cris pegava tudo o que havia na geladeira e comia, já a outra pulava em minha cama como uma criança, na verdade os dois agiam como tal. Depois de bagunçarem tudo, nos sentamos no chão de meu quarto, conversamos durante tempos.
Preocupações não havia no momento, peguei meu violão e tocamos até o anoitecer. Cris tocava uma música dos Beatles, Clara se apoiou em meu ombro sentindo-se confortável e cantando, eu apenas ouvindo as duas vozes complementando a melodia do acústico. Após terminar de tocar, a garota já cochilava em meu colo.
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Apenas Será
RandomUma historia ficticia de uma vida cotidiana contada em primeira pessoa por dois pontos de vista, com reviravoltas comuns para uma vida de jovens. Talvez nem tão comum assim. PS: Não é uma história de romance nem algo do tipo. Apenas a vida real con...