7- Eu Entendo

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Depois do filme ( Laranja Mecânica), era tarde, Ben tinha que ir, não podia ficar, de manhã eu iria viajar com papai para visitar tia Kora.
Este pegou suas coisas e se foi, antes havia me agarrado e me dado um beijo apaixonado e se foi.
Liguei meu toca fitas, Bad Religion tocava, deitei em minha cama abraçando meu travesseiro, pensando em tudo que passara nos últimos tempos. Adormeci.
No momento que eu acordei ainda eram 2:00 da manhã. Queria sair um pouco para tomar um ar, até porque havia ficado muito tempo nesta casa.

                                  ***

A rua estava bem vazia, raramente passava um carro e nenhuma pessoa a vista, parecia o apocalipse, era muito macabro.
Fui até uma praça que havia no centro da cidade. Logo quando me sentei em um dos bancos avistei um grupo de moleques quebrando as coisas e zoando o guarda gordo que tomava conta do lugar. Olhei melhor e identifiquei Cris por lá, com uma garrafa de vodka numa das mãos em outra um cigarro aceso na outra:

- CRIS! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PORRA! - Gritei furiosa.

- Eu nada. Mas eles sim. - Respondeu.

Olhei para o pessoal, vi Ben zoando o guarda. Meu sangue subiu naquele momento, furiosa era pouco. Segui em direção a ele e o puxei pelo braço:

- O que você acha que está fazendo?! - Indaguei idignada, o cherei e senti um alto fedor de álcool. - E ainda está bêbado?

- Bebi mesmo, e sabe o que mais? - Disse este. - Não quero nem saber. Vou curtir a noite toda e foda-se.

- Nossa, bela consideração você tem com sua mãe!!!

- Pelo menos mimha mãe não morreu.

No momento em que ele disse essas palavras dei um tapa em sua cara, furiosa.

- Nunca mais fale assim dela. - respondi e cuspi no chão.

- E você nunca mais fala comigo na vida. - indagou.

Escorriam lágrimas de meu rosto, cuspi na cara de Ben e fui para casa angustiada e furiosa.

                                  ***
Deitei em minha cama com olhos vermelhos de tanto chorar, implorando para mim mesma para ser apenas um sonho. Não demorou muito eu adormecer, rezava para não acordar no outro dia, morrer só para não ter que enfrentar todo isso novamente.
Chegou o dia seguinte, eram 9:20h da manhã, acordei com alguém e chamando. Me levantei pouco desorientada. Abri a porta, era Ben, " ele não, por favor" pensei na hora:

- Entre.- Indaguei.

O acompanhei até a sala e este se sentou no sofá:

- O que você quer?! - Respondi irritada.

- Peço perdão pelo o ocorrido. - Este indgou com cara de arrependimento.

- Não existe perdão para isso Ben! Olha tudo o que aconteceu!

- Esse é o problema, não sei o que aconteceu a noite passada.

- Fez muita merda, ainda tem coragem de vir na cara dura falando, não lembrar de nada.

- Peço perdão...

- Não. Eu não te perdoo.

Tentei segurar o choro, era em vão, Ben tentou me abraçar, o empurrei de disse para o mesmo ir em bora. Ele se levantou do sofá e chegou até a porta:

- Espere. - Indaguei este virou para mim. - Não vá.

Fui até meu quarto e voltei com um colar onde Ben havia me dado um tempo atrás e joguei com toda fúria e rancor guardado em mim.

- Agora vá.

Quando ele saiu, minhas lágrimas fôra junto, chorei ali mesmo, me sentei no chão. Eu berrava, a dor era maior do que qualquer fratura, insuportável.

                               ***

O dia seguinte logo pela manhã este me chamou de novo, eu com olhos vermelhos de tanto chorar e não  dormir. Abri a porta:

- Perdão, faço qualquer coisa para lhe mostrar que eu não sou uma pessoa que desiste fácil. - Falou tão rápido que eu fiquei até sem folego por ele

- Não precisa. Suas palavras já bastam.

Me aproximei deste pus uma de minhas mãos em sua nuca e lhe dei um suave beijo em seus lábios, o puxei para mais perto de mim. Após muitos beijos e carícias, abracei forte, não queria nunca mais me distanciar deste.
Subi em seu colo, Ben me levou até a cama, pegou minhas mãos e me imobilizou, estava ofegante, voltou a me beijar vigor e rustilidade, soltou meu cabelo e tirou minha blusa. Desabotoei sua calça e sua camisa. Ben estocava tão forte que não conseguia segurar os gritos e gemidos, dava para ouvir pela toda casa. O arranhava tanto a ponto de cortá-lo e sangrar. Ele diminuiu o ritmo, pegou minha coxa e a apertou forte, tão forte que após o sexo ficou roxa.

                                  ***
Estavamos um ao lado do outro, deitados, Ben me olha com uma cara triste:

- Clara, eu não posso ir com você. - Indagou ele.

- O que você está dizendo? - Perguntei confusa.

- Não posso ir o ano que vem para Carolina do Norte. Tenho que terminar o ano letivo, também irei atrapalhar seus estudos.

- Por favor, venha comigo... - Disse em voz baixa com o coração partido.

- Desculpa.

- Tudo bem, então teremos o resto do anos juntos, e fazer desse tempo algo para recordar a vida inteira. Até porque não sabemos se vamos ficar juntos a vida inteira depois de tudo. - Disse eufórica, cheia de inspiração.

- Concordo, mas primeiro vou te dar um beijo. - Nós rimos.

                                     ***

Falarei para vocês amei ficar esse tempo junto com Ben, por mais que fosse pouco tempo, ainda assim foi maravilhoso. Tudo juntos, como um casal perfeito de um filme de romance. Porém, tudo que é bom, dura pouco, e outra, vale apena a vida ser vivida.

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