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Mais um dia comum e tediante. Era escola, casa, ver o Dan e ir dormir; Sinto falta de algo, talvez uma palavra poderia resumir tudo para vocês, chamada saudade. A sensação cujo sinto quando deito em minha cama frígida, querendo um certo alguém esteja lá. Na verdade, mal sabia se Ben havia aberto finalmente os olhos.
***
Eu sentada no sofá assistindo qualquer programa de culinária, todos saíram para fazer algo, Paty foi para alguma loja com Samy e Jorge (finalmente o casal assumiu o namoro), já Dan, conseguiu o cargo de investigador da Carolina do Norte, isso significa, mais no trabalho e menos em casa...
A casa silenciosa, era de se assustar. Me levantei, resolvi ir tomar um banho quente para retirar meus torturantes pensamentos. No momento em que me despi por completo o telefone toca, o atendi pouco receosa:- Alô, quem é? - Perguntei.
- Clara, até parece que não conhece minha voz mais... - Respondeu o homem até então desconhecido.
- Paaaaiii!!!! Quanto tempo que não me liga.
- Sabia, de sua ocupação com a faculdade, mas a saudade falou mais alto.
- Ai que bom.
- E tenho que lhe contar algo. Quer vir aqui? Fiz torta de amora...
- Okay. Vou tomar banho, logo após vou indo.
- Certo filha.
***
Chegei na casa de papai, exalava o perfume doce da torta, o mesmo me recebeu com abraços e perguntas, era tão fofo que dava vontade de morder. Falando nisso ele tinha comprado um "Pastor Alemão" lindo e brincalhão, o mesmo pulava em mim como se estivesse contente em me ver. O Senhor Floyd abre a porta da casa contente, animado e pouco brincalhão, como sempre:
- Filha! Que saudade... Como você tá? Tem se alimentado bem? E os estudos? - Falou freneticamente dando um abraço com um avental rosa, bordado de flores.
- Calma pai, está tudo bem.
- Vamos, entre.
Este me leva até a cozinhacom ânsia de mostrar sua obra prima comestível. O cheiro estava divino.
***
- Hahaha! A pai... Esse tempo era maravilhoso... Saudades sabe.
- Lembra, quando sua mãe viu você fazendo uma tela com tinta à óleo pela primeira vez? Veio orgulhosa falar pra mim.
- Eu lembro, ela foi a principal incentivadora e responsável por chegar onde estou.
Comi meu quarto pedaço de torta, mal aguentava mais um pedaço:
- Clara, tenho uma coisa para lhe contar. - Falou papai sério.
- Pode falar...
- Já foi ver o Ben?
- Pai... Para eu não quero mais ver ele dessa forma...
- Ele já acordou, e tá devolta com sua mãe.
Quando este falou isso, meu coração parou de emoção, suei frio, e os olhos arregalaram:
- COMO ASSIM?! - Gritei desesperada.- Ele já acordou? Como você sabe disso?
- A senhorita Whoterson veio me visitar. - Falou ele. - E quero que vá
vê-lo.- Não, eu quero deixar ele em paz... Será melhor para ambos.
- Como assim melhor? - Ele pega a faca cortando mais um pedaço de torta e entregando-a para sua filha. - Não era você que sempre dizia ele ser o amor da sua vida?!
- Mas... Mas quem ama, deixa a outra partir, se isso o fará feliz é o melhor à fazer.
- HAHAHA! Filha... Ele não está feliz, mais errado ainda é esse seu conceito de amor!
- Mas...
- Nada de mas! Se o ama corra atrás, ele está precisando de ti... - Ele pega em minha mão. - Pense no que eu disse.
***
Após eu ficar uma tarde agradável na casa de meu pai, voltei para minha. Como esperado ninguém havia chegado, simplesmente deitei em minha cama, pensamentos começaram vir à tona, junto a eles, lembranças, tão sentimental de tal forma cujo me fizeram chorar por horas. Esse momento, tudo era confuso.
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Apenas Será
De TodoUma historia ficticia de uma vida cotidiana contada em primeira pessoa por dois pontos de vista, com reviravoltas comuns para uma vida de jovens. Talvez nem tão comum assim. PS: Não é uma história de romance nem algo do tipo. Apenas a vida real con...