19- Deve haver algum motivo

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Mais um dia comum e tediante. Era escola, casa, ver o Dan e ir dormir; Sinto falta de algo, talvez uma palavra poderia resumir tudo para vocês, chamada saudade. A sensação cujo sinto quando deito em minha cama frígida, querendo um certo alguém esteja lá. Na verdade, mal sabia se Ben havia aberto finalmente os olhos.

                                ***

Eu sentada no sofá assistindo qualquer programa de culinária, todos saíram para fazer algo, Paty foi para alguma loja com Samy e Jorge (finalmente o casal assumiu o namoro), já Dan, conseguiu o cargo de investigador da Carolina do Norte, isso significa, mais no trabalho e menos em casa...
A casa silenciosa, era de se assustar. Me levantei, resolvi ir tomar um banho quente para retirar meus torturantes pensamentos. No momento em que me despi por completo o telefone toca, o atendi pouco receosa:

- Alô, quem é? - Perguntei.

- Clara, até parece que não conhece minha voz mais... - Respondeu o homem até então desconhecido.

- Paaaaiii!!!! Quanto tempo que não me liga.

- Sabia, de sua ocupação com a faculdade, mas a saudade falou mais alto.

- Ai que bom.

- E tenho que lhe contar algo. Quer vir aqui? Fiz torta de amora...

- Okay. Vou tomar banho, logo após vou indo.

- Certo filha.

                                 ***

Chegei na casa de papai, exalava o perfume doce da torta, o mesmo me recebeu com abraços e perguntas, era tão fofo que dava vontade de morder. Falando nisso ele tinha comprado um "Pastor Alemão" lindo e brincalhão, o mesmo pulava em mim como se estivesse contente em me ver. O Senhor Floyd abre a porta da casa contente, animado e pouco brincalhão, como sempre:

- Filha! Que saudade... Como você tá? Tem se alimentado bem? E os estudos? - Falou freneticamente dando um abraço com um avental rosa, bordado de flores.

- Calma pai, está tudo bem.

- Vamos, entre.

Este me leva até a cozinhacom ânsia de mostrar sua obra prima comestível. O cheiro estava divino.

                                 ***

- Hahaha! A pai... Esse tempo era maravilhoso... Saudades sabe.

- Lembra, quando sua mãe viu você fazendo uma tela com tinta à óleo pela primeira vez? Veio orgulhosa falar pra mim.

- Eu lembro, ela foi a principal incentivadora e responsável por chegar onde estou.

Comi meu quarto pedaço de torta, mal aguentava mais um pedaço:

- Clara, tenho uma coisa para lhe contar. - Falou papai sério.

-  Pode falar...

- Já foi ver o Ben?

- Pai... Para eu não quero mais ver ele dessa forma...

- Ele já acordou, e tá devolta com sua mãe.

Quando este falou isso, meu coração parou de emoção, suei frio, e os olhos arregalaram:

- COMO ASSIM?! - Gritei desesperada.- Ele já acordou? Como você sabe disso?

- A senhorita Whoterson veio me visitar. - Falou ele. - E quero que vá
vê-lo.

- Não, eu quero deixar ele em paz... Será melhor para ambos.

- Como assim melhor? - Ele pega a faca cortando mais um pedaço de torta e entregando-a para sua filha. - Não era você que sempre dizia ele ser o amor da sua vida?!

- Mas... Mas quem ama, deixa a outra partir, se isso o fará feliz é o melhor à fazer.

- HAHAHA! Filha... Ele não está feliz, mais errado ainda é esse seu conceito de amor!

- Mas...

- Nada de mas! Se o ama corra atrás, ele está precisando de ti... - Ele pega em minha mão. - Pense no que eu disse.

                                ***

Após eu ficar uma tarde agradável na casa de meu pai, voltei para minha. Como esperado ninguém havia chegado, simplesmente deitei em minha cama, pensamentos começaram vir à tona, junto a eles, lembranças, tão sentimental de tal forma cujo me fizeram chorar por horas. Esse momento, tudo era confuso.

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2018 ⏰

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