Cheguei na casa de Ben, Cris bateu na porta e me escondi. A porta foi aberta e o lindo do Whoterson aperece perguntando o motivo de estar lá e como encontrou sua casa:
- Você se esconde muito mal mesmo em, Clara! - Respondeu Ben. Corri em direção à ele e saltei para seu colo lhe dando um selinho.
- Oi Ben!!! - indaguei com euforia e alegria. - Como você está? Fiquei sabendo do que aconteceu, então vim ver se estava tudo em ordem.
- Tô bem sim.
Entramos na casa de Ben, Cris foi direto para a geladeira procurando algo para " bater a larica" e eu ainda estava um pouco chapada vi a cama de Ben e resolvi pular, gritando e cantando músicas sem nexo.
Todos estava um silêncio, olhando um para cara do outro, sem esboçar um ruído. Até o menino Whoterson pegar seu violão e Cris começar a tocá-lo. Melodias calmas, com sentimento, era a sensação de estar viajando com uma fita de músicas psicodélicas. Deitei no ombro de Ben ainda pouco chapada e caí no sono, acordei:- Bom... Não sei o que ela viu em mim - Ben disse.- Sou um lixo perto dela.
"Lixo seu cú! Você é mais especial do que pensa idiota" pensei na hora ainda de olhos fechados, fingindo adormecida.
- Ben... Não precisa de qualidade para se amar alguém. - indagou Cris. - As vezes apenas amamos.
Minha paixão aumentava a cada segundo, o garoto ruivo havia me colocado em seu colo e fazia cafuné em minha cabeça, era tão bom... Ben pediu para eu deitar na cama, e Cris triste encostado na parede olhando para o chão pensativo. Depois disso apaguei novamente.
***
Já era meio da noite, abri os olhos, Ben estava ao meu lado, dei um sorriso, seus olhos fixos nos meus. Dei um beijo em seu rosto, o coração palpitava forte, este pôs suas mãos em minha cintura e me puxou para mais perto. Tirei a camisa:
- Não gosto de usar blusa - Indaguei apenas de sutiã.
- Nem eu de roupa. - Respondeu de forma sarcástica.
- Então vamos tirá-las...
Me beijou com desespero, eu tentava tirar suas roupas apressada. Whoterson deslisava sua mão esquerda em minhas coxas, mordia e beijava meu pescoço, assumo eu estava com muito tesão. Minhas mãos deslisava em suas costas e o beijava com euforia. Seu corpo começou a descer até chegar entre meus seios. O interrompi retirei minhas peças intimas, Puxei a cabeça de Ben em meus seios. Retirei a cueca a pedido de Ben, eu estava nervosa, não sei o, motivo apenas estava. Retirei o penis dele e comecei a chupá-lo com vontade. Após vários minutos de carícias e arranhões:
- Ben, vai, me fode logo. - falei com euforia.
- Está bem. - Respondeu ofegante.
Começou a estocar em mim, de forma lenta, segurava os gemidos, porém era em vão. Estava incrível.
***
Ficamos o dia inteiro em sua casa, a noite meu pai me busca. Dei um selinho em Ben e entrei no carro.
Cheguei em meu quarto, cansada e com sono, amanhã de manhã iriamos fazer uma visita a mamãe, estava muito anciosa para vê-la e dar um abraço apertado:- Filha, acorda. Já é de manhã. - Meu pai chamara serenamente. - Vamos nos atrasar para a visita.
- Huuumm... Okay. - Respondi murmurando.
Troquei de roupa e fui até a cozinha tomar café, papai sentado na mesa lendo seu jornal com uma xícara na mão, tocava "Boys Don't Cry" na rádio. Lhe dei um abraço, um beijinho na maçã de seu rosto, e sentei a mesa.
Após terminarmos entramos no carro e nos encaminhamos ao hospital.***
- Oi mãe, a senhora está bem? - Perguntei entrando na sala contente.
- Aiii, filha, você chegou! - Indagou alegre, porém dava para ver que piorou. - Estou ótima. Nunca estive tão bem.
- Que bom... - Respondi tentando esconder minha frustração com um sorriso falso.
- Me conta as novidades.
- Mãe eu consegui a bolsa de estudos, vou começar o ano que vem!!!
- Estou orgulhosa de você. - Indagou com sorrido doente.
Esta muito bem, ela estava tossindo muito:
- Está tudo bem mesmo? - Perguntei preocupada.
- Sim. - Respondeu tossindo.
Porém não adiantou falar, a crise estava cada vez maior, um enfermeira veio com um recipiente fundo de metal, entregou-o para mamãe, esta vomitou dentro. Uma lágrima saiu de meu rosto, tentei segurar porém foi em vão, cai aos prantos lá mesmo.
Havia uma hora onde esta estava com falta de ar, simplesmente mal conseguia respirar, tive que sair do quarto, não conseguia ver todo esse sofrimento.***
Um dia depois recebi a pior notícia de minha vida. Ela tinha morrido por asfixia. Meu mundo havia acabado no mesmo segundo, estava em choque, não esboçava nenhuma expressão.
Por que? Era ainda jovem tinha muito que viver, experiências a vivenciar, "Deus é um bosta, nem para ajudar minha mãe a se recuperar. Apesar disso tudo teve que levá-la assim, do nada" eu pensava todo tempo.
Resolvi sumir do mundo, apenas eu e meu quarto, já não restava mais nada para mim. Lágrimas caíam a todo momento do aparelho lacrimal, havia passado dias sem comer e dormir.
Papai batia na porta todo o dia tentando convencer a sair:- Clara. - ouvi uma voz familiar atrás da porta, e não era de meu pai. - Abre, por favor, estou preocupado. - Era Ben.
- Deixa eu quieta, por favor. - Disse aos prantos.
- Não! Eu não saio daqui até tu abrir isso!
Abri a porta, meu rosto estava encharcado e vermelho, meu olhos estavam parecendo duas bolas vermelhas. Dei um abraço nele com força, minha barriga roncou:
- Venha, vamos para a cozinha. Vou preparar algo para você comer. - Disse este pegando em minha mão e enchugando minhas lágrimas.
***
Eu estava com muita fome, eu parecia um cachorro esfomeado, atacava a comida como um real animal. Ben em abraçou sorrindo dizendo que estava com saudade e sentia muito por minha mãe, tentei fingir estar tudo bem, porém ele me conhecia muito bem.
Após eu terminar fomos a sala, o menino Whoterson tinha trazido um filme para assistirmos, era o clássico, "Laranja Mecânica". Nos enrolamos na coberta, pois estava um pouco frio, este me abraçava de uma forma muito reconfortante.
Acabei dormindo no filme de tão exausta, Ben me pegou no colo e levou até a cama e fez cafuné.
Me sentia tranquila, e melhor também, ele faz isso, tudo passa, se vai e não volta mais. Acho que posso chamar de amor.
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Apenas Será
RandomUma historia ficticia de uma vida cotidiana contada em primeira pessoa por dois pontos de vista, com reviravoltas comuns para uma vida de jovens. Talvez nem tão comum assim. PS: Não é uma história de romance nem algo do tipo. Apenas a vida real con...