18- Odiosa Natureza Humana

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Acordei na manhã seguinte, com uma dor de cabeça imensurável, a boca seca e qualquer som ou feiche de luz me irritava. Me sentei na cama, coloquei as mãos no meu rosto refletindo os acontecimentos cujo para mim não fazia sentido algum.
Saí da cama pegando um cigarro, indo para a cozinha, parei na porta o acendendo, dei um leve trago, me aliviando, como se parte de meus problemas se esvai com a fumaça, deixando a alegria bater minha porta. Mamãe sentada na varanda com de óculos escuros:

- Você não devia estar trabalhando a essa hora? - Perguntei.

- E você não deveria estar na escola? -Retrucou ironicamente.

- Sabe que vou ter que refazer... E não muda de assunto. O que aconteceu?

- Você me pegou! Ben, muita coisa mudou. Fui obrigada a me aposentar por causa de minha depressão, estamos quase perdendo a nossa casa, tudo indo por água abaixo.

- Mãe, vamos conseguir, você vai ver. - Dei um abraço nela.

***

A noite coloquei um jeans rasgado azul e uma camisa xadrez vermelha, peguei uma lâmina de barbear e desfiei meu cabelo todo. Quando terminado, dei um beijo na testa de minha mãe e saí para a infame casa velha, aquela onde tocavam bandas punk.
Logo na entrada encontrei com Jhow, já muito chapado e bêbado:

- BEEEEN! CARALHO! QUANTO TEMPO! - Disse este vindo em minha direção me abraçar. - Onde esteve esse tempo todo?

- Estive em coma - Respondi.

- Para de brincadeira e fala a verda de porra! HAHAHA! - Falou com exaltação.

- Não estou mentindo. Aconteceu um acidente de carro, Cris estava da direção.

- O que houve com ele?

- Está morto, já eu fiquei um bom tempo desacordado.

Jhow me dá um abraço forte, o odor de bebida exalava para todos os lados:

- Tudo se encaixa uma hora, apenas tenha paciência. - Disse me oferecendo um lata de cerveja.

Entrei dentro da casa, tocava uma banda de punk qualquer, uma roda a frente do palco, em volta todos pulavam exaltados, bebiam e se drogavam. Podia se dizer que era a decadencia total da narureza humana.

***

Fiquei sozinho a maior parte até uma garota vir até minha direção. Era magra, a cor de sua pele era pálida e delicada como a de um anjo, seus cabelos tão negros que mal conseguia refletir luz alguma, com um vestido preto cujo ia até os joelhos:

- Ta sozinho? - Perguntou agradavelmente a linda moça.

- Sim, estou. - Resondi.

- Posso me sentar?

- À vontade.

- Prazer, sou Alice. E você? Como se chama? - Estendendo a mão.

- Me chamo Ben. - Peguei em sua mão, a pele era como se fosse pêssego, de tão delicada.

- O que faz aqui um rapas tão lindo, sozinho num lugar como esse? Ben.

- Bom, matando a saudade desse lugar, mas costumava ser mais divertido... Quantos anos tem Alice?

- Vinte e quatro anos. - Respondeu tímida, arregalei meus olhos surpreso.

- Nossa... Não parecia.

- Então, BEN, quer dar uma volta por ai?

Balançei minha cabeça positivamente, então esta me puxou para fora brutalmente:

- Eae? O que vamos fazer? - Perguntou a bela mulher.

- Dar uma volta?

- Tenho algo melhor. - Abriu sua bolsa tirando um pino de cocaína.

Estirou em uma cabine telefonica duas carreiras, um para cada. Parecia que as coisas começaram a andar para um caminho. Após algumas horas pertubando a paz dos cidadãos de bem, entramos no carro de Alice aos beijos e mãos em lugares inusitadas. Era um Opala estranhamente parecido com de Cris, me deu ranço por um curto período de tempo, a bela moça me puxa para o banco de trás, desabotoando minha camisa xadrez, ainda com os lábios encostados:

- Vai! Tira minha roupa! - Disse ela com tesão.

Desci minhas mãos até suas coxas e as apertei forte, fazendo uma evidente marca vermelha, fazendo soltar um gemido. Logo após subi seu vestido até despir e expor seu corpo delicado quase completamente, Alice retira minha calça bruscamente e desesperada. Beijava minha barriga descendo até chegar em... Você sabe onde, massageava lentamente.

                                 ***

No dia seguinte me encontrei em casa, nu, na minha cama com a mesma ao meu lado, apenas envolvida em um lençol. Mamãe não estava em casa, vesti uma cueca e fui até a cozinha.
Levei a xícara de café até a boca dando um gole, de repente senti alguém me abraçando. Virei para trás, de repente me deu um beijo, a senhorita Alice semi-nua na cozinha, apenas de calcinha e sutiã:

- Bom dia... - Indagou esta.

- Bom dia! - Respondi sorrindo.

- Dormiu bem?

- Melhor impossível!

Após o longo café que tivemos, Alice foi em bora, dizia ela estar atrasada pra ir ao trabalho:

- Nos vemos novamente? - pergunta.

- Quando quiser. - Falei calmo.

- Passo um dia desse por aqui então.

- Tudo bem.

Saiu pela porta sem olhar para trás.

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