Capítulo 25

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Raphaella

Rafael apertou forte minha cintura e me encarou sério. Ele dizer que sente ciúmes me deixou feliz, estou sorrindo como uma boba. Talles nada mais é que um bom amigo, meu coração bate forte por Rafael, como nunca bateu antes. E eu quero que ele sinta esse sentimento que quer transbordar de mim.

— Por que está rindo? — cerrou os olhos e pressionou seu corpo no meu.

Meu peito subiu e desceu acelerado com a proximidade. Mesmo dormindo juntos praticamente todos os dias, quando ele se aproxima meu corpo sempre se arrepia e a respiração acelera. Levei minha mão para seus braços e acariciei continuando a sorrir.

— É bonito te ver com ciúmes — mordi os lábios.

— É um sentimento estranho — franziu a testa. — São tantas emoções aqui dentro, nunca tinha sentido isso por alguém — negou repetidamente.

— Aposto que teve muitas namoradas — sorri de lado.

— Nunca — disse sério.

Ok, ele nunca teve uma namorada. É quase impossível de acreditar, e ele não parece ser um cafajeste de primeira linha. Sem dúvidas, Rafael é o cara mais diferente que já fiquei, e deve ser por isso que ele me passa tanta verdade em tudo que diz. Porém tem uma parte da vida dele que não conheço, e isso me incomoda.

— Pra tudo sempre tem uma primeira vez — subi minha mão para seu rosto e alisei sua barba.

— Com você tudo está sendo a primeira vez — sussurrou aproximando a boca da minha orelha. — As melhores sensações que estou vivendo são ao seu lado, nunca vou me esquecer disso — disse baixinho beijando minha orelha.

Um arrepio percorreu minha espinha por inteira, fazendo-me apertar a mão em seu braço. Ele é tão sedutor sem fazer esforço algum, sexy sem nem perceber. Rocei nossos lábios lentamente e beijei-o querendo que sentisse tudo que ainda não disse de forma clara, mas que já expressei em ações.

Dizem que uma paixão surge quando menos se espera, ela se instala no peito e de acordo com a intensidade se torna amor. Amor é o sentimento mais sublime que conheço, capaz de nos fazer ver a vida de outra cor.

Um sentimento cor de arco-íris.

Uma ponte com cheiro de chuva.

Sabor de nuvem...

É doce, sabor algodão-doce.

Afastei lentamente nossas bocas e beijei sua bochecha com carinho.

— Nunca vou me cansar de dizer que você não existe — sorri.

— Eu existo — beijou minha testa.

Giulie entrou na cozinha e nos afastamos um pouco, tenho que dar atenção para a minha Pimentinha. Sentei-me na cadeira da cozinha e coloquei-a em meu colo. Rafael serviu uma torta para eu comer, e sorri vendo que era de frutas vermelhas. Ele realmente sabe agradar.

— Como foi seu dia? — afaguei os cabelos de Giulie.

— Foi muito bom, eu amei conhecer p Tio Gab e o Tio Miguel — falou animada.

— Ah é? Tio Gab disse que também amou conhecer você — levei a torta a boca e suspirei com o quão gostoso é esse doce.

— Tio Miguel é sério, mas é muito legal também. Rafael tem os irmãos mais incríveis do mundo! — comemorou.

Ufa! Miguel foi legal com ela. Olhei para Rafael e dei risada, ele deu de ombros apenas nos observando, seu braço estava apoiado na mesa, e a mão no queixo. O Bruxinho realmente sabe como enfeiticar com um simples olhar descontraído.

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