Me libertando

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                            Jean

  Depois de 48 horas preso e fiança paga, saio, nunca pensei que me sentiria tão bem em ver a rua, pessoas andando tão desatentas aos pequenos detalhes da vida. Eu fui assim, mais essa minha breve estada na cadeia me serviu pra alguma coisa. Decidi que vou me divorciar e seguir minha vida,  deixar Camila viver a dela em paz.  Vou andando a pé pela rua, são alguns quilômetros até a minha casa mas, eu estava realmente precisando disso, sentir que estou livre,  que estou me libertando. As cores parecem estarem mais vivas, o vento parece trazer todos os bons aromas a mim,  sinto a vida me sorrir mais uma vez. Estou pronto para o próximo passo.

                       CAMILA.

  Estou vendo TV quando meu celular toca vou ver quem é, número desconhecido.

— Alô?

— Sra Camila? — acho que reconheço essa voz? — Sra Camila, quem fala é o investigador Guilherme, não sei se lembra de mim...?  — E da pra esquecer um Deus desse?  Nuncaaaa!

— Lembro sim! — tento não soar tão animada.

— Estou ligando a mando da delegada, ela pediu para informa que seu marido foi solto depois de pagar fiança hoje. — meu Deus, e agora? Não sei quanto tempo passei em silêncio, só saio do meu torpor quando  escuto a voz do príncipe.

— Senhora?

— Sim desculpe!

— Tudo bem, caso algum problema nos ligue,  se ele se aproxima da casa ou algo do tipo!

— Tá bom! — ele percebe que estou abalada.

— A Senhora não tem com o que se preocupa, vai dar tudo certo, estamos aqui para ajudar,  não vou deixar ele fazer nada com você!

 “Espera ai eu entendi direito? Ele disse que não vai deixar ele fazer nada comigo? Acho que vendo coisas aonde não tem!"

— Muito obrigado qualquer coisa eu ligo!

— Certo,  vou fica no aguardo! — desligo o telefone pasma,  primeiro por Jean já está solto e eu não saber o que ele vai fazer, segundo por eu está achando que o Deus policial está dando encima de mim.

                           JEAN

   Chequei em casa suado, exausto, não olhei para a desordem da casa,  simplesmente passei literalmente por cima de tudo e fui tomar banho,  liguei para uma pizzaria. Depois de ter comido e me trocado,  olho a bagunça ao meu redor, começo a juntar tudo  e botar pra fora de casa.

                       “ACABOU!!!”

   Não tem mais volta. No fim da tarde estou jogado, encima do meu falecido sofá,  olhando para as estrelas.

— Duas belas visões! As estrelas e você! — reconheço  essa voz,  foi por ela que meus problemas começaram.

— O que você faz aqui Lívia? — continuo na mesma posição, as estrelas estão  mais interessantes.

— Vim ver como você está! Procurei por você  na delegacia e me disseram que você já tinha sido solto. — ela se cala,  sinto que está a meu lado.

— Posso? — pergunta,  se pode sentar no falecido sofá comigo,  assinto ainda sem olha-la. — Eu sei que tudo isso começou por minha causa, me desculpe! — seu tom de voz diz que ela realmente se arrepende. A olho,  vejo seus olhos marejados.

— Agora já é tarde,  nem que eu quisesse ela não acreditaria em mim!  Deixe como está. — sou sincera. O seu se instalou entre nós, criando um abismo emprecindivel.

1 ano e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora