O Resgate.

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Oi meus amores, voltei com esse capítulo, não vou prometer postar com total frequência mais irei tentar. Muito obrigada pelo o apoio de vocês, foram de total importância para que eu conseguisse escrever algo. Muito obg, bjs, amo vcs.

LÍVIA

     “ Mais dias se passaram e eu continuo aqui!”

Depois de mais uma surra estou amarrada sobre essa mesa novamente. Já faz tanto tempo q estou na mesma posição que não  sinto meus seios, só sinto como se algo como se estivesse me afogando,  meus pulmões queimam, meu corpo inteiro formiga. Sei que estou prestes a morrer e nem vou ver  meu bebê.

— Ai Deus... Me leve logo, por favor. — sussurro suplicando pela minha morte.

  Ainda não foi dessa vez que Deus me ouviu. Como sei disso?
1 Eu ainda estou viva.
2 Ytalo acaba de chegar.
3 O terror vai começar.

— Oi querida! — beija minha coluna. — Vou banhar você, alimenta-la por que uma mulher grávida não pode passar tanto tempo assim sem comer.

  Por diversas vezes me pego pensando em o que eu fiz para merecer isso?

— Amor trouxe aquele chocolate que eu sei que você gosta depois do almoço vamos comer juntinhos. — sinto ele se aproximar e começar a desamarrar-me dá um tapa na minha bunda. Se curva sobre mim e fala ao meu ouvido. — Depois vou comer você daquele jeito gostoso como você gosta. — beija meu pescoço e me faz ficar de pé.

O formigamento começa a atingir meu corpo, minhas fracas pernas não me sustentão e ele sabe, ele me põe nos braços carregando-me para o banheiro. Me coloca sobre a cadeira que ele usa para me banhar.

— A cidade está um caos! Sabe aquele viaduto próximo a Baixa Fria? — não respondo pois não tenho forças para isso. — Ele caiu e ainda se perguntam como! — ele ri enquanto liga o chuveiro sobre mim.

  Ele continua falando de coisas mundanas, do cotidiano como se fôssemos um maldito casal. Depois de banhada ele me enrola em uma toalha e me leva para a cozinha coloca uma marmita a minha frente e me dando de comer. Não o fito. Isso é algum que não consigo de maneira alguma fazer. Estou claramente morta, só esperando a hora do meu filho vir ao mundo para que eu possa me ver livre desse tormento. Só peço a Deus para que alguém me encontre antes disso e que me filho em momento nenhum fique com esse homem.

  E a nossa triste rotina de estupros seguia. Tanto tempo. Acabaram-se as esperanças.

  Um dia acordei com ele me lambendo, continuei imóvel como sempre, deixei ele fazer o que sempre fazia, sei que de nada adiantaria eu me debater, brigar, gritar... Era isso que ele gostava. Quanto mais eu me negava a ele, mas ele me queria. Depois que isso ficou bem claro para mim ele me batia menos, toda via sempre me batia. Com o tempo eu não sentia nada além de uma leve picada com seus golpes.

  Ele parecia estar mais calmo, por algum motivo que todavia eu não iria perguntar.

[...]

  Hoje ele me sentou a frente de um espelho,  com o pouco que ainda consigo enxergar chorei com o que vi. Me tornei um monstro deformado. Meu cabelos continuam como sempre pois ele os adora, cuida dos mesmos como se sua vida dependesse disso. Porém meu rosto, e o resto de meu corpo são ematomas por cima de ematomas, um corpo esquelético, e uma mínima barriga ainda evidenciando a minha muito precária gravidez.

— Você é a mulher mais linda desse mundo, depois que você tiver o nosso filho tudo vai melhorar...

Não escuto mais nada enquanto estou envolta pela tormenta de ver esse ser que em nada se parece com a mulher que um dia eu fui. Ele me estende um copo com água seguro dou um bom gole e logo depois o atiro conta o espelho.

1 ano e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora