Nas mãos certas

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La Diabla.

Foi questão de horas para a informação se espalhar. Meu ex Marido me liga.

— O que foi?

— Encontramos um carro abandonado!

— Já tem a noção de para onde ele está indo?

— Temos algumas hipóteses. A primeira é que ele está tentando despistar até conseguir um lugar para se esconder. Segundo que ele já tenha um avião ou helicóptero esperando por ele próximo ao Terminal de Darsena.

— O terminal Marítimo?

— Sim!

— Esqueça todas as opções é para lá que ele vai. Eu faria o mesmo se estivessem me procurando.

— Certo vou mandar os homens procurar saber quais os navios que estarão saindo ainda hoje.

— Faça isso, estou indo para aí.

  Deixo uma nota de 100 sobre a mesa que logo o garçom vem pegar. Caminho até o carro. Esse cara é esperto. Um criminoso de carreira. Ele estudou bem o ambiente para realizar a operação. Mal sabe ele que sou tão boa quanto ele.

— Calma Ytalo, já estou chegando para te buscar. — conheço a Itália como a palma da minha mão. Logo quando casei com o capitão, viemos morar por aqui na tentativa de fugir dos demônios do meu passado. Durante alguns anos fomos bem felizes... Mas... Sabe como é né!? As coisas fogem do controle. Acabei perdendo muito tempo no caminho pois a estrada não estava nada boa e ainda tinha lama de uma chuva ressente. Assim que chego próxima ao Terminal avisto meus homens espalhados pela rua.

— Encontraram alguma coisa?

— Um carro a uns 300 metros.

— Ótimo. Agora temos certeza que ele está por aqui.

— A única má notícia é que tem 8 navios de carga sendo abastecidos, 4 já estão prontos para sair em pouco mais de duas horas e mais 2 cruzeiros, um é o nosso e o outro está indo para as Maldivas. — meu ex marido me informa.

— Foque nós navios que vão sair logo. Já os cruzeiros ele só pode estar em um que no caso não sairá antes do amanhecer.

   Daí partimos a uma busca incessante, com direito a muita confusão e apontar se armas. 3 horas depois e com o sol já alto entramos no cruzeiro que partiria para as Maldivas. Primeiro fui atrás do capitão.

— Hora de acordar! — digo tirando a caneca de café que estava quase a levar para a boca. Dou um bom gole me deliciando com o sabor.

— O que querem? — diz assustado.

— Pelo o visto me conhece.

— Sim senhora, ouvi boatos que a senhora estava por aqui.

— E qual o seu medo?

— Nenhum.

— Que bom. Gosto assim!
Agora falemos a verdade capitão...

— Smith. —

— Smith. Belo sobre nome capitão. Quero saber se por acaso o senhor pode me disponibilizar a lista de tripulantes desta embarcação.

— Claro. — ele logo levanta e eu puxo sua mão.

— Não faça nenhuma gracinha por que hoje não estou com paciência.

— Tudo bem. — ele vai até o computador, digita alguns códigos e na tela aparece a lista com fotos e nacionalidade dos tripulantes.

1 ano e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora