- O filho mais novo deles é uma gracinha e a casa deles é bem espaçosa. - A mãe sussurrou no ouvido da filha. - Mas sogra é meio entediante. Eu fui visitar sua propriedade mês passado e ela só sabia falar sobre o filho encrenqueiro. Foi um porre! - Ambas se aproximaram de uma família de cabelos negros como corvos. - Clarissa, querida, que bom que veio! - Margot abraçou a mãe da família.
- Margot! O prazer é todo meu! Esses são os meus filhos, Ethan, Edmund e Elias, o mais velho que eu comentei sobre.
Enquanto as mulheres conversavam animadamente, o filho mais novo, Ethan, olhou para Amelie com precisão, fazendo-a se sentir como um sapo a ser dissecado. Ele pegou levemente sua mão e a levou aos lábios, beijando os nós de seus dedos delicadamente. O nariz da garota foi inundado de perfume francês e pós barba.
- É um enorme privilégio estar em sua presença, senhorita! - Ele bradou de forma segura e galante, o que fez Amelie se perguntar se ele havia ensaiado antes.
A garota afastou a mão desconfortavelmente, arrumando a franja na testa, tentando controlar o suor que ameaçava a borbulhar e escorrer por sua pele. Então sua atenção foi novamente atraída para a conversa das mães.
- Elias aqui se formou no ano retrasado, sabe? Ele se recusa a assumir a empresa que eu e seu pai demoramos tanto para construir!
Atrás da mulher, o homem mais alto que Amelie já viu. Seus cabelos eram negros e encaracolados e estavam molhados e bagunçados. Seus olhos eram caídos, quase triste, e castanhos, diferentes do azul elétrico do irmão.
Enquanto Senhora Clarissa falava, ele revirava os olhos, as vezes mimicando as palavras que ela dizia, seus lábios casando perfeitamente. Uma risada brotou do amago de Amelie, que segurou o quanto pode.
- Senhorita? Está se sentindo bem? - Ethan perguntou ao ver o rosto vermelho e as bochechas infladas dela.
Aquela pergunta aparentemente atraiu a atenção das mães, que pararam de conversar e começaram a fita-la. E, por sua vez, o movimento das mulheres atraiu a atenção de Elias, que se virou para a olhar um instante depois.
Ela engoliu a risada e fez sua melhor expressão séria. Não foi sua melhor performance, mas foi o suficiente para pararem os olhares. Bem, todos menos o de Elias.
Ele a observava com um brilho nos olhos, quase como um aliado. Elegantemente saiu de trás da mãe e parou a sua frente, empurrando um pouco o irmão no processo.
- Senhorita. - Cumprimentou em sua voz macia, pegando-lhe a mão.
Amelie notou que as mãos do homem eram grandes e ásperas, e quando os lábios finos tocaram a pele frágil dela, a garota pôde sentir a pele seca lhe acariciado.
- Boa noite. - Ela respondeu simplesmente.
- É um prazer lhe conhecer. - Ele falou ainda curvado, mas dessa vez a olhando. Sua mão ainda presa entre os dedos calosos dele.
- O prazer é todo meu.
- É? - Ele deu um sorriso de canto de boca e ergueu uma sobrancelha. - Ora, não diga essas coisas, senhorita. É capaz de eu acreditar.
Amelie cerrou os lábios em uma linha fina, o coração agitado como uma borboleta em uma gaiola.
Eles se fitaram nos olhos intensamente enquanto Elias ficava ereto novamente.
- Esse baile está magnifico. A música divina, a comida maravilhosa, e, se me permite dizer, as anfitriãs angelicais. - Amelie sorriu.
- De fato, os olhos de minha mãe ficam belíssimos sob a luz dourada. E nem vou comentar sobre as minhas irmãs...
- Na verdade... - Ele sussurrou, abaixando-se para apenas ela ouvir. - Eu estava falando sobre outro alguém... - e sorriu. Um sorriso charmoso e inocente ao mesmo tempo.
- Oh... - foi tudo que ela conseguiu exclamar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mais Uma História de Amor
Genç Kız EdebiyatıA personagem principal desse conto é Amelie, a herdeira de uma enorme empresa de exportação, que é submetida, junto a suas duas irmãs gêmeas, a um casamento forçado. Entretanto, uma reviravolta acontece quando ela e seu suposto marido se apaixonam e...