Capítulo 2

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"Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma."
 CORA CORALINA

10 anos depois.....

Melaine "Mel"

Acordei com o meu pai me chamando, me levantei com muita preguiça, vi ele abrindo as cortinas do meu quarto, deixando a luz adentrar o local.

Meu quarto é bem comum, não tem estilo patricinha ou até mesmo pinterest, não é tão grande e sim médio, tem uma cama de solteiro feita de madeira, um guarda-roupa vermelho com 4 portas e uma mini penteadeira com uma mesa de estudos.

— Mel, anda logo, senão irá atrasar no seu primeiro dia de aula — me lembrou.

— Calma pai — pedi — Nem me deu beijo de bom dia — falei irritada.

— Filha, me desculpe — pediu, se aproximou de mim e deu um beijo na bochecha e dei outro nele.

Em seguida meu pai saiu do meu quarto.

Parei de enrolar e me levantei rapidamente, infelizmente o meu colégio não possui um uniforme completo, então tinha que escolher uma roupa legal, por sorte ontem a Jess veio aqui em casa ontem e me ajudou a escolher o look.

Fui em direção ao banheiro com a roupa na mão, pra tomar um banho rápido, por sorte estava desocupada, compartilhar o chuveiro com a família era uma tarefa difícil.

Tomei um banho quente durante 20 minutos, resolvi pelo menos lavar o meu cabelo com shampoo e condicionador pra tirar um pouco da terra e suor.

Ao terminar, enrolei os meus cabelos na toalha, vesti a camiseta branca com o emblema do colégio no peito, calça jeans com rasgos nos joelhos e uma bota marrom com amarro de cima para baixo.

Deixei os meus cabelos molhados mesmo, admito sentir falta do cabelo comprido nem devia ter cortado tão curto, mas mesmo assim valorizo os meus fios ondulados.

Queria dar um ar mais madura e de menina moça, por isso mudei radicalmente de visual, irei começar o 3 ano do Ensino Médio.

Não sou muito de usar maquiagem, mas meu maior vício é um gloss de glitter, não saio de casa sem um, então o coloquei no bolso da minha calça.

Fui pra cozinha tomar café da manhã, estava tão faminta, acho engraçado o fato de eu ser tão magra comendo que nem um porco.

— Bom dia, mãe — desejei dando um beijo na sua bochecha e ela me deu outro, em seguida me sentei.

— Bom dia, filha — desejou.

Me servi com um pedaço enorme de bolo de chocolate, uma caneca de leite com achocolatado e passei manteiga num pão francês.

— Meu Deus, filha — Minha mãe falou preocupada — Está comendo pior que o seu pai — zombou.

— Essa garotinha tem que ficar tão forte quanto o pai — Meu pai falou surgindo de repente, distribuindo beijos na bochecha dela.

— Realmente tive a quem puxar — falei orgulhosa.

Apesar de ser adotada, tenho uma semelhança assustadora com eles, por isso é muito difícil saberem que não sou filha deles, por ser tão parecida com ambos.

Desde que eu era pequena nunca me encaixei em lugar nenhum até conhecer os meus pais adotivos.

Depois que meu pai morreu num acidente misterioso, comecei a morar com a minha madrasta que era tão mal comigo que nem a madrasta da Cinderela.

Mas voltando ao foco aqui, era tão lindo ver a relação dos meus pais adotivos, eram perfeitos um para o outro como deveria ser um imprinting. Ao terminar de comer, percebi que os meus pais também terminaram.

A Cinderela Dos Lobos (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora