Capitulo 13

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''A gente precisa parar com essa mania de colocar os problemas em uma mala e sair carregando por aí como se eles fossem essenciais. Não são. Aliás, tudo que te faz mal é completamente descartável.''

— Nicholas Hoffman.

Minutos depois...

Melaine "Mel" Black

Estava bebendo um copo de água gelada com bastante açúcar pra me ajudar a pelo menos tentar me acalmar.

— Filha seu cabelo ficou lindo assim — Minha mãe elogiou.

— Eu queria voltar a ter cabelo cumprido, mas não tão rápido desse jeito — reclamei.

— Seu cabelo está que nem o do Jake quando ele tinha sua idade — Minha avó falou com uma expressão nostálgica — É eminentemente que estava ficando cada vez mais parecida com os seus pais biológicos, não iria ser mais uma humana — explicou.

Aquelas palavras me assustaram um pouco, me acostumei tanto ser uma humana que agora que sei que não serei mais, agora estou tão angustiada.

— Mel você é uma Cullen - Minha avó me lembrou — É mais forte do que imagina — falou tentando me confortar.

Sinto um cheiro familiar e o barulho de uma moto bem alta na minha cabeça, cai de joelhos colocando a mão em meus ouvidos que doíam e principalmente a cabeça.

— O que está sentindo filha? — Minha mãe perguntou colocando sua mão em cima da minha.

— Um forte cheiro de perfume familiar e uma moto barulhenta — respondi.

— Desligue de tudo isso, apenas concentre na minha voz — Minha avó aconselhou.

Respirei fundo tentando fazer o que a minha avó falou, aos poucos fui me sentindo melhor.

— Tome um banho e tente relaxar um pouco — Minha avó aconselhou.

— Ok — concordei.

Fui direto para o banho, tentando relaxar a minha mente ao máximo.

Mas mesmo assim consegui ouvir o que a minha avó e a minha mãe conversam no meu quarto, enquanto arrumava uma roupa pra me vestir.

" — Cronogramente hoje seria o aniversário de 18 anos da Eduarda — Minha mãe desabafou.

— Agora entendo os motivos da sua mudança — Minha avó falou.

— Meu marido chegou e trouxe a filha, por favor fique com a Mel, mãe — Minha mãe pediu.

— Ta bom, filha — concordou. "

Como assim meu pai tem outra filha?

Então o meu nome iria ser Eduarda?

Sinto que esse nome era tão familiar pra mim, ao fechar os olhos deixando a água molhar os meus cabelos.

Deixei a minha mente vagar em uma lembrança de quando eu tinha 5 anos.

"Estava no meio de um jardim de ipês, tinha tantas pétalas caídas no chão indicando o início do inverno.

Uma mulher me empurrava bem forte num balanço, que estava pendurado em um dos troncos de ipê-branco.

— Querida não empurre a Elisa Eduarda tão alto, ela pode cair — a voz de um homem pediu.

— Não precisa chamar ela assim pelo nome — pediu com uma voz zelosa — Apenas a chame de Lisa, assim como me chamava de Mel na faculdade — o lembrou.

A Cinderela Dos Lobos (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora