"OBRA COMPLETA" Depois de treinar, se aperfeiçoar, encontrar seu verdadeiro amor e descobrir a origem do mal que ameaça seu mundo, Aryen se vê em um mundo totalmente diferente do seu, com problemas sérios e que precisa de sua ajuda para se recuperar...
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Ao amanhecer Aryen tocou as laterais dos olhos de Orfeu e lentamente mudou seus olhos, escurecendo-os e adaptando-os para a visão diurna.
— Incrível! Nunca achei que algo assim fosse possível.
Ela riu
Ajudaram Jack e Brooke a embalar tudo, amarrar em Volantes e nas mochilas que agora Aryen e Orfeu carregavam. Então os dois montaram em Shadow para a viagem.
Mais uma vez correram do nascer ao por do sol, sem incidentes, apenas com as poucas paradas habituais. Agora com mais um predador no grupo ficava menos atraente a aproximação de outros perigos.
Brooke e Jack conversavam a viajem inteira e Orfeu assim como Aryen começou a notar a aproximação dos dois. O que ficou mais evidente quando pararam pouco depois do por do sol para o descanso que os humanos precisavam. Orfeu apesar de acostumado a longas jornadas, admitia que o ritmo de Aryen e Shadow era muito superior ao seu normal, fazendo-o agradecer por uma parada para descanso. Mesmo que estivesse habituado a não dormir todos os dias, precisava parar um pouco.
Brooke e Jack não se afastavam um do outro, para onde um ia o outro ia junto. Aryen colocou os dois para se exercitarem e treinar, de novo avançando um pouco no treinamento, o que certamente o estendeu para além do tempo habitual nos dias anteriores. Quando eles finalmente pararam foi a vez de Orfeu se divertir, ou foi o que pensou.
— Vamos lá! Já que disse que agora podia treinar de verdade, vamos ver o que pode fazer – ele desafiou bem humorado. Agora conhecia os movimentos dela, passara o dia todo lembrando-se de cada movimento que ela usara para se defender dele e planejando os melhores ataques, além de estar melhor alimentado também.
Jack gargalhou.
— O que? – ele perguntou confuso.
— Nada! Só não te invejo. – Jack respondeu virando seu olhar para Aryen que sorria maldosa.
Ela atacou.
Orfeu não teve tempo sequer de se defender e tinha uma espada no pescoço e outra na lateral do corpo. Por sorte as espadas dela não estavam incendiadas como as vira mais cedo, ele pensou.
— Foco príncipe! – ela disse bem humorada.
— Isso foi desonesto! Eu estava distraído. – ele reclamou.
— Ok! Você ataca. – ela disse imitando uma reverência, sarcástica.
Ele atacou.
Tentou uma finta para a esquerda começando uma estocada e mudou no último instante para a direita, e quase caiu de cara sentindo a espada dela, passar levemente por seu abdômen, quando ela simplesmente enlaçou seu pulso com a mão e o puxou para frente.
— Como fez isso? – ele estava perplexo. Sempre funcionara com seus irmãos em treinamento e com seus inimigos em combate.
— Como Jack lhe contou tenho mais de um século de treinamento e experiência em combate Orfeu, pouca coisa me surpreende.
