Capítulo 49

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Aryen assim que chegou a Ganthá, não teve sequer tempo de liberar todos os aprendizes para seus setores designados e Allenya estava entre eles. Muitos dos vampiros a abraçaram e beijaram, mas os magos mantiveram certa distância e outros tantos vampiros, também usaram de subterfúgios para evita-la.

Orfeu abraçou a mãe e expressou sua alegria por vê-la bem, mas apenas isso, em seguida olhou para Aryen e pediu permissão para terminar as ordens finais aos outros e partirem para seus postos. Ela assentiu liberando-os e todos se afastaram das duas para receberem as ordens finais e partirem.

Aryen decidira cuidar sozinha da incursão em Ganthá porque era somente uma nave e porque sabia que haveria vampiros bem treinados aqui e os elementais cheios de magia. Assim logo passaria por Platínium para ver brevemente seus amigos e dar ao menos um beijo em Aster antes de seguir para Endor.

Não sabia se Aster contara pelo menos para Allenya que estivera com ela em Vikary e que Eros estava mais uma vez recuperado e a aguardava em Vikary. Então não sabia bem o que dizer a ela ainda, além de não ter muito tempo para longas conversas.

Mas foi impossível se livrar de Allenya enquanto se juntava a força de defesa, no local designado para o pouso da nave inimiga, pois sua mãe certamente previra o local exato, visto que era uma ameaça direta, tanto para seu reino quanto para todo o planeta em que vivia.

— Guardiã! – ela abraçou Aryen assim que seus filhos se afastaram.

Faltavam alguns minutos para o pouso, então Aryen não tinha escolha senão retribuir o abraço e deixar que ela lhe falasse. Só esperava que ela não tivesse um longo discurso pronto.

— Oi Allenya, não esperava que estivesse aqui no local do embate. – Aryen lhe disse sinceramente.

— Jamais deixaria meus descendentes sozinhos quando mais precisam de mim. – ela respondeu.

— Muito bem.

— Preciso lhe dizer Aryen que apesar de suas ótimas intenções e toda sua inacreditável inteligência, você cometeu um enorme engano.

Aryen olhou para ela surpresa. Será que Aster não falou com ela?

— No que exatamente.

— Meu símbolo de união Aryen, é de Eros.

— Eu sei Allenya. Quando foi a última vez que falou com Aster? – Aryen perguntou cautelosa.

A nunca me tornou parte dele. Eros fez isso. Deixei A porque me apaixonei por seu irmão e ele por mim. Meu mundo não é este, embora esteja feliz que tenha me dado a chance de conhecer os descendentes de meus primeiros filhos e por tudo que vi e aprendi entre eles, este não é o meu lugar. É o seu. – Allenya continuou como se ela não houvesse dito nada.

— Allenya – Aryen disse suspirando – Me desculpe pelo engano! E agradeço por tentar me esclarecer. Realmente não vi isso em sua mente quando absorvi tudo que havia de pernicioso nela. Era muita dor, muito tormento e acho que isso me desorientou o suficiente para não perceber. E Eros conseguia manter segredos em sua própria mente ainda, portanto não tinha como ter acesso a essa informação. Mas já sei disso agora, conversei com Aster.

— Quando?

— Mais ou menos um decêndio atrás. Já sei tudo que entendi errado e o motivo pelo qual isso aconteceu. Eros já está mais uma vez reequilibrado também e eu o deixei responsável pelo domínio sob supervisão de um velho amigo meu. Ele espera que você se junte a ele assim que tivermos acabado aqui.

— Não entendo! Como mais uma vez reequilibrado?

— Allenya como ele a tornou parte de si, seu desequilíbrio o afetou através da união de vocês. Essa união é um laço, o que afeta um, certamente afeta o outro.

Batalha da AliançaOnde histórias criam vida. Descubra agora