Capítulo 41

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Claro que assim que Aryen encarregou Callidora de ir até Ganthá a notícia se espalhou entre a equipe toda dela e todos ouviam pelos comunicadores. Ela mesma ouvia para poder intervir a favor de Callidora caso fosse necessário, por isso fez questão que o encontro fosse em Ganthá, na única ilha que ela sabia que era isolada e inabitada.

Astaroth chegou a Ganthá um pouco mal-humorado ainda, mas a surpresa pela vampira que o aguardava o tirou do centro, não era um engodo de Allenya. Essa vampira não era de Ganthá, ou qualquer outro planeta de Tér que se lembrasse.

— Oi tio. – cumprimentou Callidora calma.

— Oi. – ele respondeu olhando as tatuagens que cobriam o rosto dela, os trajes de couro justo e o brinco em uma única orelha. Tudo nela era incomum. Podia sentir o poder nas tatuagens, não sabia o que significava, mas certamente não eram apenas adornos.

— Bem, estou aqui como lhe disse quando o chamei por ordem da guardiã Harsten...

— Já entendi isso garota. O que ela quer já que não quer me ver? – ele a interrompeu e começou a ouvir as vozes baixas que saíam do brinco da vampira.

— Não acredito que Orfeu tinha razão! – voz feminina

— Merda! – voz masculina

— Ele não viu mesmo! – voz feminina

— Caraca! – voz masculina

— Nem acredito! – voz masculina

— Isso é ridículo! – voz feminina

— A mestra vai matar alguém hoje! – voz masculina

Aryen, tanto quanto os outros, não acreditou que Orfeu estava certo o tempo todo. Nem conseguia compreender o que isso poderia significar, seu cérebro estava em curto.

— Callidora desligue o comunicador. – ela ordenou.

Um portal se abriu ao lado da vampira e Aster não acreditou quando Aryen passou por ele e mandou Callidora de volta a Vikary pelo mesmo portal.

— Obrigada Callidora, pode voltar. Eu assumo daqui.

— Sim mestra! – a vampira respondeu passando pelo portal que se fechou às suas costas.

Aryen olhava para Aster sem saber exatamente o que sentir, enquanto ele ainda estava em choque com sua aparição.

— Ast eu não acredito que passei quase dois anos discutindo com Orfeu porque ele dizia que você não viu o convite chave bem debaixo do seu nariz e eu não acreditava nisso! – Aryen esbravejou assim que a vampira sumiu. Então se lembrou do comunicador em sua orelha, porque a balburdia tomava conta da equipe em seu ouvido e o desligou passando a mão no brinco.

— Você está realmente discutindo comigo? – ele perguntou pasmo, estava distraído com a visão dos olhos dela e com o fato dela estar ali, realmente de frente para ele e não conseguia acreditar que a primeira coisa que ela fazia era discutir.

Aryen fechou os olhos, com o indicador e o polegar da mão direita segurando a ponte de seu nariz e suspirou.

— Ast, pegue a pulseira comunicadora que está no seu bolso.

Ele nem tentou discutir, simplesmente pegou a pulseira e estendeu-lhe. Ela apertou um desenho na pulseira ainda na palma da mão dele e um compartimento se abriu revelando uma pequena capsula.

— Eu tinha certeza absoluta que você sabia usar a pulseira e por mais de uma dezena de vezes quase esbofeteei Orfeu por dizer o contrário. Aí está Ast, seu convite chave para meu domínio. Nunca evitei falar com você, nem o proibi de adentrar meu domínio, apenas lhe dei a opção de ir ou não.

Batalha da AliançaOnde histórias criam vida. Descubra agora