"OBRA COMPLETA" Depois de treinar, se aperfeiçoar, encontrar seu verdadeiro amor e descobrir a origem do mal que ameaça seu mundo, Aryen se vê em um mundo totalmente diferente do seu, com problemas sérios e que precisa de sua ajuda para se recuperar...
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Desta vez depois que treinaram, até que ela se sentisse satisfeita com a quantidade de suor de Jack e Brooke e Orfeu houvesse desistido de tentar derrubá-la sem sucesso e estivesse ofegante e sujo. Ela pegou a faca para cortar o braço esquerdo e oferecer a Orfeu, quando ele segurou sua mão com a faca, mas antes que ele pudesse protestar ela falou em sua mente.
"Sei que meu sangue o sustentaria por mais um dia, mas se quer manter sua mente segura é melhor não recusar".
Ele não respondeu, apenas trouxe o braço dela até a boca lentamente e mordeu seu pulso, sem perder o contato visual com o rosto dela.
No momento em que Aryen percebeu o que Orfeu faria ela se preparou, congelando suas feições na mesma determinação que usara para que ele aceitasse o sangue e colocando sutilmente sua mão esquerda na árvore atrás de si, ao mesmo tempo em que detinha suas células sudoríparas de funcionarem e mantinha o ar razoavelmente parado para que ele não percebesse a total falta de odor.
Já tinha ampliado em seu sangue a mudança do sangue de Aster e direcionado uma grande parte para outra parte de seu corpo, então Orfeu teria de drenar todo o sangue de seu corpo para que pudesse privá-la do sangue de Aster. O que certamente não aconteceria com ela repondo isso instantaneamente com a energia da árvore.
Claro que sentiu quando a onda de dor, êxtase e adrenalina a invadiu, sabia que seria menos potente do que de Aster, mas como Orfeu era um descendente direto fora mais forte do que ela previra. Percebeu também que ele forçou de propósito, quando por falta de reação dela ele enviara outra onda, mas se manteve firme, desligou o cérebro, como aprendera com Melok.
Quando ele retirou suas presas do pulso dela e lambeu as marcas para que sumissem ele sorria.
— Interessante.
Ela apenas olhou para ele com tédio agora.
— O que é interessante? – perguntou Jack.
— Essa é a primeira vez que mordo uma fêmea e não sinto o inebriante aroma de desejo emanando dela durante o ato. – Orfeu respondeu bem humorado.
— Boa tentativa criança. – Aryen disse a ele batendo em seu peito com a mesma mão que ele largara enquanto se encaminhava para o lago, já despindo o corpete de couro ao se aproximar da água e olhando para Orfeu por cima do ombro com um sorriso cínico no rosto.
Jack gargalhou, Brooke tentou disfarçar uma risada de escárnio e Orfeu estava indeciso entre o ódio e a diversão.
Então Brooke e Jack seguiram para o lago atrás de Aryen que já mergulhara e sumira no fundo do lago.
Orfeu não acreditava que ela além de não demonstrar de forma alguma ter sentido o que ele fizera, ainda o deixara ereto apenas com a visão de suas costas nuas e olhando-o com cinismo.
