C4- Caça Às Fronhas Perdidas

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Todo o desespero do mundo morava em meu peito naquele momento, Lauren tinha a audácia de me repudiar de forma tão rude quando acordada, mas dormindo se rendia aos meus braços como se aqueles fossem sempre as paredes que a mantinham segura.

Enquanto o impasse tomava minha cabeça pude sentir que o corpo da garota parava de tremer. Meus pés já haviam se familiarizado com os gélidos de Lauren.

- Me solte. - minha voz quase não saia por meus lábios, não tinha forças para pronúnciá-las. Respiro mais uma vez, desta vez bem fundo. - Lauren. - minha voz consegue ser mais firme desta vez.

- Hum...

- Tire suas mãos de mim.

- Por que? - ela perguntou quase que inconsciente.

- Porque eu tenho nojo de você. - meu tom foi tão ríspido que me assustei com as palavras que saíram de minha boca. Não queria dizer aquilo, apenas afastá-la.

Parecia que um balde de água fria havia caído sob sua cabeça quando com um salto ela se afastou bruscamente de mim.Apenas pegou uma das cobertas ali estendidas, um travesseiro e saiu do quarto.

Pronto. Estava feito. Já havia dito e não poderia voltar atrás, nem mesmo se quisesse. Embora não sabia se gostaria de voltar no tempo para não dizer aquelas palavras, não deveria me importar.

Lauren ja havia me dito coisas bem piores, sim, ela já fez bem pior comigo.

"Não vá trás dela, não vá atrás dela, não não não, não vá." repetia em mantra em minha cabeça.

Após alguns minutos ali no chão senti a temperatura abaixar novamente, poderia até sentir falta do calor do corpo de Lauren. Volto para o conforto de minha cama e encaro o teto do quarto.

" Você não deve desculpas, não fez nada que Lauren não teria feito."

"Você viu a forma que Lauren te olhou quando disse aquilo? Você certamente a machucou." uma outra voz soou em minha cabeça.

"Lauren Jauregui sempre está bem, ela não se machuca." a outra voz respondeu.

"Ok, Lauren está bem, para todos os efeitos ela está bem. Tem que estar bem... Porque se você tiver a machucado..."

Apenas repreendi meu pensamento, não poderia me deixar abater por algo como isso.
Busquei qualquer outro pensamentos agradável para tentar adormecer novamente. Não demorou muito até que eu conseguisse finalmente.

[...]

- Bom dia, filha. - a voz doce de minha mãe soou pelo meu quarto enquanto ela abria as cortinas da grande janela.

- Bom dia. - respondi coçando meus olhos. - Quantas horas?

- São quase dez, por que?

- Muito tarde para se acordar até em um sábado.

- Lauren acordou bem cedinho hoje.

- Ela te falou alguma coisa? - tinha receio de ser castigada por ter descumprido as ordens de minha mãe ao colocá-la para dormir no chão.

- Não. Ela disse que tinha algo importante para fazer e não quis acordar você.

- Lauren já foi?

- Sim, ela estava no sofá da sala quando acordei. Deveria ser umas cinco da manhã.

- Ela te contou o porquê de estar acordada tão cedo?

- Ela disse que teve um sonho ruim e não conseguiu dormir novamente.

- Ah sim... - me admirava o fato de Lauren ter tido uma oportunidade de me ferrar e não ter feito.

Enquanto Houver SolOnde histórias criam vida. Descubra agora