C18 - Oito Segundos

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Eu queria matar Lauren Jauregui, poucas coisas no mundo costumavam me impedir de fazer o que quero, mas nesse caso iria para cadeira se a fizesse engolir cada rosa, pétala por pétala, espinho por espinho.

Realmente não sabia o que havia me provocado tal reação, costumava me intitular tão sensata. Para minhas amigas não especifiquei que Lauren e eu tínhamos brigado graças à sua petulância e ingratidão.

Trocar algumas mensagens com Shawn me acalmava, mas toda vez que vinha a cabeça o nome de Lauren simplesmente não conseguia não me aborrecer. O que estava sentindo?

Decidi que precisava de um tempo com minhas amigas, sem nem sinal de Lauren. Porquanto para o dia seguinte as convidei para passar a tarde comigo. Aproveitando para apresentar o novo casal à minha mãe.

- Kaki, está tudo bem? - minha irmã entreabriu a porta de meu quarto interrompendo meus pensamentos.

- Sim, eu só estou um pouco perdida nos últimos dias.

- Perdida aonde, Kaki? - ela se sentou ao meu lado.

- Nos meus próprios pensamentos. - respondi assistindo o rosto da pequena tomar uma expressão confusa - Eu sei, é difícil compreender como é se desencontrar de si mesma.

- Oush. - ela respondeu com a mesma confusão.

- Você não vai entender, é que quando somos pequenos e gostamos de alguém nós demonstramos e se não gostamos também demonstramos, mas eu não sei o que acontece. Acho que quando crescemos as coisas tendem a ficar mais complicadas.

- Está falando da Lo? - ela perguntou me estudando com aqueles enormes olhos castanhos.

- É tão óbvio?

- Não, mas toda vez que está triste mamãe diz que Lauren aprontou alguma.

- Certo, Lauren é complicada demais para mim, estou farta.

- Mas a Lolo gosta de você.

- Mas gostar não é o suficiente. - disse - Vamos fazer algo mais produtivo, certo?

O restante do tempo me concentrei em aproveitar para fazer algo que Sofia gostasse, o que resultou em assistirmos desenhos infantis até que a menina pegasse no sono.

No dia seguinte Lauren optou por não ficar próxima de nenhuma de nosso grupo quando eu estava por perto, passou a maior parte de seu tempo com Lucy.

Quando finalmente chegamos até minha casa o assunto inevitavelmente se tornou sobre a demônia dos olhos verdes.

- Você a seguiu? - Dinah arregalou os olhos enquanto contava o que havia acontecido no dia anterior.

- Não a segui, só queria saber o que de tão importante ela faria.

- Uau, Lauren realmente amava aquela moto, deve ser uma garota muito especial para que ela a vendesse. - Normani refletiu.

- Pra mim foi uma atitude muito idiota, aquelas flores já devem estar murchas.

- Aposto que está planejando para que a surpresa de Lauren seja um desastre. - Mani disse.

- Claro que não, para fazer isso eu deveria me importar e eu não me importo.

- Você tem certeza? - Ally não parecia convencida, na verdade nenhuma das garotas parecia.

- Sim, só acho que Lauren negligência demais.

- Pra mim isso é ciúmes, daqueles que levam sempre uma pessoa pra cadeia e a outra pro cemitério. - Dinah brincou.

Enquanto Houver SolOnde histórias criam vida. Descubra agora