C15 - Viagens, Drogas E Sexo

1.6K 149 108
                                    

— É difícil dizer, – Passo a ponta da língua nos lábios a fim de ganhar preciosos instantes a mais para pensar no que diria em seguida. – muito do que eu penso sobre mim está disposto a mudar de acordo com a resposta para essa pergunta.

— Acho que posso entender o que tem passado, mas saiba que sentir algo por ela não muda o que você é, só o que sente.

— É gentil da sua parte dizer isso mesmo após deixar claro que pretende ter algo comigo.

— Não seria justo omitir uma das maiores verdades de todo o universo. Quem você ama se torna insignificante comparado ao amor genuíno.

— Amor genuíno? – mesmo tendo achado cada palavra de Shawn absolutamente amável, algo muito gracioso existia em seu repertório linguístico.

— Não ria, você sabe que tenho razão. – Seu olhar suave pousou sobre o meu.

— Não entendo absolutamente nada sobre o amor e sua genuínidade, mas creio que esteja realmente certo. — concordo, ele apenas sorri e torna a conversa completamente aleatória novamente.

Após pedalarmos por mais alguns minutos proponho que paremos em uma sorveteira. Shawn respondeu que não costumava optar por cortar coisas tão calóricas, mas abriria uma exceção em sua dieta. Ele certamente se assustou com a quantidade de comida que sou capaz de comer, mas os donos do estabelecimento pareciam bastante agradecidos pelo meu apetite quando fomos ao caixa pagar pelo o que foi consumido.

Na volta para casa o sol já se punha e dava ao céu um tom alaranjado, a lua se apressava para nascer, como se não pudesse perder nem por um minuto o espetáculo que o sol dava ao se pôr naquele final de tarde.

Shawn e eu nos despedimos e segui sozinha com meus pensamentos, era aterrorizante ter de pensar que tudo não passou de um jogo no qual meu sádico cérebro me sujeitou. Como poderia brincar daquela forma com meus sentimentos?

Não consegui conversar sobre o contraditório sonho com ninguém, nem mesmo minha mãe que costumava ser minha confidente. Falar com Dinah sobre isso era inútil, se soubesse algo jamais omitiria de mim. Então apanas me deitei em minha cama me lembrando da imaginosa sensação de ser beijada por Lauren.

No dia seguinte garota apresentava um humor excelente, jamais havia visto Lauren tão radiante, me perguntava o que estava acontecendo para deixá-la contente daquela maneira.

— O que você acha disso, Camz? – Lauren perguntou em meio à conversa que estávamos tendo com as demais garotas, por um momento percebi que estava tão concentrada em observá-la que se quer sabia sobre o que se tratava a conversa.

— Hamm... Sei lá, acho que concordo.

— Você concorda que nossa próxima festa deva ter strippers? – Lauren esboçou um leve sorriso lateral.

— Que?!

— É sobre isso que estávamos falando. – Ally explicou.

— Pra quê stripper se nós mesmas sabemos dançar e tirar nossas roupa? – Dinah disse.

— Não inclua Camila e eu nos seus discursos, mas as três acredito que possam seguir a carreira caso não deem certo. – Ally brincou.

— Você realmente pensa que Camila é inocente? – Dinah gargalhou. – Ela pode ser mais safada que Lauren, Mani e eu juntas.

— Óbvio que não. – rebati – Nem tenho experiência com essas coisas.

— Mas você não precisa ter, Camz, existe algo em você que faz tudo fluir e a gente que parece ser inexperiente. – Lauren comentou.

Enquanto Houver SolOnde histórias criam vida. Descubra agora