Capítulo quatorze 💠

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Este capítulo não contou com revisão aprofundada devido à falta de recursos.

Boa leitura!

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No meio de tantas reações que eu poderia ter tido, eu não tive nenhuma. A única coisa que eu estava sentindo era um vazio. Eu estava tão euxausta, que foi como se eu mesma tivesse pegado uma pá e começado a cavar um buraco dentro do meu peito. Um baruco bem grande. E quando eu finalmente terminei eu me joguei lá dentro. Sozinha na escuridão. Vazia pra onde quer que você olhe.

O mundo saiu de foco e de repente tudo era cinza e sem importância. Então foi como se eu fosse uma bebêda. Eu não sabia o que estava fazendo e nem sabia que direção tomar. A única coisa que eu tinha consciencia era dos meus pé se movendo um atrás do outro. Do sol quente aquecendo minha pele e do embrulho no meu estômago.

Algo encostou em mim.

- A senhora está bem? - era a voz de alguém. Mas estava distante. Muito estante para me alacançar. Muito distante para me confortar. Eu me sinto como Thor agora. Nada pode chegar até mim. - A senhora está me assustando, aconteceu alguma coisa?

A palavra Casa ressonou na minha mente. Se eu era o Thor eu precisava de uma fortaleza. E naquele momento, minha fortaleza seria minha casa. Aonde eu poderia me trancar o mais fundo para dentro da minha mente e ninguém poderia me alcançar.

- Casa. - Eu senti meus lábios se separando, minha língua se movendo e meus dentes se juntando, mas eu não ouvi minha voz.

- Certo. Quer que eu ligue para alguém?

Alguém? Quem?

Não havia ninguém. Não mais. Ninguém pode me alcançar aqui dentro.

- Casa - eu tentei ser mais clara. Dessa vez eu ouvi um leve tilintar dentro do meu subconsciente.

E então, eu senti o chão se movendo. Eu estava me movendo de novo sem saber pra onde ir. Então um novo calor se instalou no meu corpo. No meu braço.

- Por aqui senhora.

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O barulho de uma porta se abrindo foi registrado pelo meu subconsciente. Os relevos em que eu tinha que elevar os meus pés e o acolchoado como pluma quando meu corpo tocou o céu. Mas ele não registrou nenhum som. Nenhuma cor. Somente tato, até que eu deixei a exaustão me levar.

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Eu acordei na escuridão e nem me dei ao trabalho de acender as luzes conforme me dirijia para sala. Eu estou com enchaqueca então é melhor assim. Mas apesar do meu apartamente estar tão vazio e solitário como das últimas vezes, a luz da sala está acesa.

Me dirijo até a cozinha para pegar um copo de água e um advil, quando algo chama minha atenção.

Primeiro que eu não estava mais vestindo a roupa com a qual eu tinha ido para o hospital. Estava usando um dos meus pijamas de vovô super confortáveis cor de vinho. Não me importei muito com isso, talvez eu tenha me vestindo enquanto estava no meu modo operatis "foda-se o mundo". Segundo que havia um papel na minha geladeira.

Minha estrela particularOnde histórias criam vida. Descubra agora