💠 Capítulo dezessete

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Vicente me segura pelo pulso, eu tento me soltar mas só consigo com que ele me puxe mais para perto.

  - Peguei você – ele sussurra contra o meu ouvido, enquanto eu me debato, rindo.

  Ele me vira e nossos olhares se encontram. Ele sorri. Realmente um sorriso maravilhoso.

  - E o que você vai fazer agora? – arqueio uma sobrancelha. Ele me olha, me olha e me olha.

  O que na minha opinião é bem frustrante.

  Desço meu olhar para sua boca e eu não sei se é o fato dele estar perto demais ou eu carente demais, mas algo muda. Na maneira como eu o vejo, nos seus olhos e dentro de mim.

  - Que se foda!

  Então eu o beijo. 

  Seus lábios macios se chocam contra os meus. Nós arfarmos e eu me grudo mais ao seu peito conforme abrimos a boca. Suas mãos estão me suspendendo e me prensando contra parede. Puxo seus cabelos  com força, enquanto ele luta para tirar minha blusa. Mordo seu lábio inferior e vou descendo pelo pescoço, puxando sua roupa junto comigo.

  - Mas forte - arfo. 

  Ele me aperta mais forte, quase nos fundindo somente com um abraço. 

  - Quarto... ou você prefere no chão? - sorrio. 

  - Selvagem. 

  Nos arrastamos até o quarto ele me joga na cama e enquanto ele se livra das roupas de baixo, faço o mesmo com as minhas. Quando estamos sem nada, ele deita por cima de mim.

o.o.o

  O som é o de um piano. É suave, doce e lento. O mundo ao meu redor está girando e eu ouço risadas. Meu corpo tem pressão e minha cabeça pende para o lado ao mesmo tempo em que um cheiro doce e familiar me invade.

  - Querida? – a voz é conhecida e grave.

  - Sim? – me ouço responder.

  - Você já está cansada?

  A pressão dos meus ombros se vai e me sinto sendo empurrada gentilmente para trás.

  - Não... – respondo, quando o rosto de Vicente entra no meu campo de visão.

o.o.o

  Minha mão esbarra em algo, enquanto eu tento achar a fonte do barulho irritante. Abro os olhos e me levanto rapidamente quando eu percebo que é um corpo.

  - Ah! – grito quando a coisa se levanta. Levanto instintivamente o cobertor para cobrir meu corpo. – Vicente? – franzo a testa.

  Olho para o seu corpo e o seu peito nu. NU.

Ah meu Deus.

O que foi que eu fiz?

- O que foi? Que horas são? – ele pergunta atordoado e eu continuo o olhando horrorizada.

  Eu dormi com ele. 

  EU. DORMI. COM. ELE.

  E agora? O que eu faço pra me livrar dele agora?

  - Por que você está me olhando assim? – indaga confuso.

   Camisinha. 

  Aqui não tem camisinha. Eu não tomo pílula e nenhum tipo de preventivo. 

Minha estrela particularOnde histórias criam vida. Descubra agora