Vicente me segura pelo pulso, eu tento me soltar mas só consigo com que ele me puxe mais para perto.
- Peguei você – ele sussurra contra o meu ouvido, enquanto eu me debato, rindo.
Ele me vira e nossos olhares se encontram. Ele sorri. Realmente um sorriso maravilhoso.
- E o que você vai fazer agora? – arqueio uma sobrancelha. Ele me olha, me olha e me olha.
O que na minha opinião é bem frustrante.
Desço meu olhar para sua boca e eu não sei se é o fato dele estar perto demais ou eu carente demais, mas algo muda. Na maneira como eu o vejo, nos seus olhos e dentro de mim.
- Que se foda!
Então eu o beijo.
Seus lábios macios se chocam contra os meus. Nós arfarmos e eu me grudo mais ao seu peito conforme abrimos a boca. Suas mãos estão me suspendendo e me prensando contra parede. Puxo seus cabelos com força, enquanto ele luta para tirar minha blusa. Mordo seu lábio inferior e vou descendo pelo pescoço, puxando sua roupa junto comigo.
- Mas forte - arfo.
Ele me aperta mais forte, quase nos fundindo somente com um abraço.
- Quarto... ou você prefere no chão? - sorrio.
- Selvagem.
Nos arrastamos até o quarto ele me joga na cama e enquanto ele se livra das roupas de baixo, faço o mesmo com as minhas. Quando estamos sem nada, ele deita por cima de mim.
o.o.o
O som é o de um piano. É suave, doce e lento. O mundo ao meu redor está girando e eu ouço risadas. Meu corpo tem pressão e minha cabeça pende para o lado ao mesmo tempo em que um cheiro doce e familiar me invade.
- Querida? – a voz é conhecida e grave.
- Sim? – me ouço responder.
- Você já está cansada?
A pressão dos meus ombros se vai e me sinto sendo empurrada gentilmente para trás.
- Não... – respondo, quando o rosto de Vicente entra no meu campo de visão.
o.o.o
Minha mão esbarra em algo, enquanto eu tento achar a fonte do barulho irritante. Abro os olhos e me levanto rapidamente quando eu percebo que é um corpo.
- Ah! – grito quando a coisa se levanta. Levanto instintivamente o cobertor para cobrir meu corpo. – Vicente? – franzo a testa.
Olho para o seu corpo e o seu peito nu. NU.
Ah meu Deus.
O que foi que eu fiz?
- O que foi? Que horas são? – ele pergunta atordoado e eu continuo o olhando horrorizada.
Eu dormi com ele.
EU. DORMI. COM. ELE.
E agora? O que eu faço pra me livrar dele agora?
- Por que você está me olhando assim? – indaga confuso.
Camisinha.
Aqui não tem camisinha. Eu não tomo pílula e nenhum tipo de preventivo.
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Minha estrela particular
RomansaEste livro possuí e-book, veja! Isabel Montenegro não quer um relacionamento. Ela foge deles como se fossem doenças contagiosas. Tudo o que ela quer e precisa, é de um pouco mais de tempo para se dedicar a sua família; mas como ela pode conseguir...