- Me solta - grito, batendo nas suas costas.
- Me dê as chaves e eu solto.
- Nunca! - rosno.
- Ótimo, espero que esteja apreciando a vista - ele zomba e eu bato mais forte nas suas cotas.
- Você é um escroto! - grito.
- Vindo de você isso soa um pouco hipócrita.
Ah não... ele não...
- Como você ousa? Você nem conhece! Qual é o seu problema?!
- Você. Agora pare de fazer birra e me dê as chaves do seu corro. - Ele bate na minha bunda.
Não acredito que isso está acontecendo. Desde quando eu desci tão baixo meu Deus?
- A única pessoa que eu estou vendo fazer birra aqui é você, seu insolente! Você pode ter certeza que eu vou te processar por isso! - rosno.
Ele ri.
O filha da puta ri!
- Não, você não vai.
- Desculpa, tinha esquecido que além de tudo, agora você controla as minhas ações - ironizo.
- Quando você estiver pensando direito você vai perceber o que eu estou dizendo.
- Você é doente.
Ele não diz nada.
Pudera, ele vai se arrepender amargamente pelo que está fazendo.
Penso em gritar por socorro, mas é improvável que alguém vá me ouvir e, mesmo que ouça, é pouco provável que alguém vá se importar.
Suspiro e sinto meu corpo amolecer. Estou começando a ficar meio tonta e enjoada, mas tenho certeza que ele não vai aguentar por muito mais tempo.
- Eu posso fazer isso a noite inteira - diz, como se tivesse lendo meus pensamentos.
- Tenho certeza que sim! - ironizo.
O que custa deixar o cara te levar em casa? Ele parece ser a única pessoa que ainda se importa com você apesar de você ser uma cretina.
Balanço a cabeça, afastando esses pensamentos ruins. Ele vai cansar. Eu sei que vai.
Assim como todo mundo que cansou de você, ele vai te abandonar. Pode ter certeza!
Eu não preciso dele, eu não preciso de ninguém!
Nem você mesma acredita nisso.
- As chaves estão no bolso da saia. Eu não consigo alcançar daqui - cedo, - você vai ter de me soltar.
- Que garantia eu tenho que assim que você estiver livre você não vai sair correndo?
- Por quê um: eu preciso do meu carro para ir embora. Dois: Você me alcançaria rápido por que eu sou uma péssima atleta. Três: Apesar dos anos de balé, tenho quase certeza de que eu perderia uma briga pra você e, por último, se você me conhecesse como diz, saberia que eu nunca fujo de uma briga.
Quase nunca.
Meus argumentos parecem ter súrtito algum efeito, já que eu sinto meu corpo escorregar pelo seu em uma dança sensual. Mas ao contrário do que eu penso, ele não me solta. Seus braços estão em volta de mim e seu corpo colado ao meu. Posso sentir seus músculos pela sensibilidade dos meus seios e seu hálito quente no meu rosto, enquanto seus olhos cor de mel me fitam intensamente. Sinto minha respiração ficar entrecortada e um calorzinho familiar se espalhar pelo meu corpo.
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Minha estrela particular
RomanceEste livro possuí e-book, veja! Isabel Montenegro não quer um relacionamento. Ela foge deles como se fossem doenças contagiosas. Tudo o que ela quer e precisa, é de um pouco mais de tempo para se dedicar a sua família; mas como ela pode conseguir...