💠 Capítulo cinco

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  (N/A: Quem quiser algo mas bonitinho, pode imaginar a música lá de cima como a música da dança.)

Boa leitura!

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  Tomo mais um gole do meu whisky, antes de me virar para olhar quem quer que seja a pessoa, com uma das vozes mais sensuais e harmônicas que eu já ouvi.

  Não me importo com quem seja, um flerte é tudo o que eu preciso agora para esvaziar de vez a minha mente.

  Coloco uma mecha do meu cabelo cacheado para atrás da orelha, querendo parecer a fim, mas não disponível demais e o encaro, bem nos olhos.

  Incríveis, grandes e delineados por cílios quase perfeitos, olhos cor de âmbar. Eles parecem ainda melhores com esse brilho perigoso de luxúria crispando dentro deles.

  Coloco meu melhor sorriso de: isso-tudo-custa-mais-zeros-do-que-você-poderia-pagar e abaixo um pouco a vista para apreciar a visão muito agradável a que ele me proporciona.

  Camisa social azul-oceanic com as mangas dobradas até os cotovelos, mostrando o começo de tatuagens pretas e brancas muito bonitas, com músculos incríveis, os primeiros botões abertos. Jeans preto, justo, delineiam suas coxas grossas de quem malha.

  Sorrio.

  — Quem me garante que não é o senhor que está me seguindo? — arqueio uma sobrancelha. Ele ri e algo estranho acontece na minha barriga.

  É quase como se eu tivesse ficado... afetada.

  Estranho.

  — Realmente, se eu fosse seguir alguém — ele me olha lentamente de cima abaixo e eu me sinto quente —, eu certamente me sentiria tentado a seguir você. Mas eu não costumo seguir pessoas sem um motivo aparente.

  Eu estava pronta para dizer algo, quando a voz do barman me interrompeu.

  — O que senhor gostaria de pedir?

  — Uma dose de te vodka, com limão por favor.

  Então ele gosta de beber?

  — Então você as persegue quando tem? — indago, finalmente.

  — Perdão, o que disse? — ele parece perdido.

  — Você costuma seguir as pessoas quando tem um motivo aparente? —  encaro-o, vendo-o passar de meio perdido, para brincalhão.

  — Resposta confidencial. — ele pisca pra mim e, de repente essa distância de apenas um braço entre o meu banco e o dele, me parece muito longa.

  — Que pena — desvio o olhar. — Eu me amarro em um cara perigoso.

  Ele olha-me parecendo afetado, mas as ruguinhas nos cantos dos seus olhos, demonstram que ele se diverte.

  — Eu disse confidencial? — franze as sobrancelhas. — Eu quis dizer total e completamente de domínio público! — bebe um gole da sua vodka. — Eu já segui várias pessoas. Tantas que você nem saberia contar — rio. — Eu sou perigoso gata, muito perigoso. — Cruzo as pernas.

  — Uau! — coloco uma mão sob o coração, fingindo estar chocada. — Com toda essa informação, estou começando a me sentir levemente atraía por você, Vicente.

  — Só levemente? — ele se aproxima.

  — Bem pouco — confirmo. Ele olha para minha boca e se aproxima um pouco mais.

Minha estrela particularOnde histórias criam vida. Descubra agora