Ele Te Decepciona

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*continuação*

Bucky Barnes

-Tudo bem, vai lá, corre pros braços daquela mulher imunda, é só isso o que você sabe fazer mesmo! - gritei para Bucky, após uma longa e cansativa discussão.

-Eu vou mesmo, já que você tá tão insuportável... - berrou de volta, pegando seu casaco em cima do sofá.

Esse seria o momento em que eu me arrependo de ter gritado com ele e peço pra ele ficar. Mas dessa vez não, não depois do que aconteceu. Bucky esperou mais alguns segundos (talvez pensasse que iria acontecer o mesmo de sempre), por fim, saiu, batendo a porta atrás de si.

Nós nunca fomos um casal calmo, somos pessoas difíceis de lidar. Mas toda vez demos um jeito, conversamos e acabamos por nos entender. Mais ou menos 6 meses atrás, Bucky me contou que mudaram seu médico para uma doutora mais especializada.

Não dei tanta bola, pois não sou de ter ciúmes idiotas. Porém, poucos dias depois, Bucky parou de agir normalmente comigo. Rejeitava meus abraços, dava respostas frias, beijos secos. Eu nem me lembro qual foi a última vez que ele me disse "eu te amo".

E hoje, quando eu resolvi tocar no assunto, ele começou a gritar comigo por estar com ciúmes de uma simples médica. AH, FAÇA ME O FAVOR, NÉ? Bem, se ele acha que eu vou correr atrás dele pedindo para voltar, ele se engana.

Peter Park

-Você pode parar de gritar por favor? - perguntei a Peter, em um sussurro ameaçador. - As pessoas vão escutar seu escândalo.

-Eu quero é que elas se fodam. - continuou berrando e a única coisa que eu conseguia pensar era em como eu ia explicar isso para todos depois.

-Ninguém tem culpa das suas paranoias, Peter. - dessa vez eu que gritei - Muito menos eu!

-Paranoias? Paranoias, S/N? - se aproximou de mim e a cabine do faxineiro já estava ficando apertada para nós dois - Vamos repassar a cena que eu acabei de presenciar: Você abraçada com o garoto mais popular da escola e rindo que nem uma idiota, enquanto eu via tudo com a maior cara de otário.

-Ele é meu melhor amigo, o que você queria? Que só porquê estamos namorando eu vou abandona-lo? - a raiva esvaía pelo meu corpo

-Corrigindo: Estávamos namorando. Acabou aqui, S/N... - agora seu tom de voz era baixo e ele me encarava sério

-O que? - perguntei, chocada demais para dizer outra coisa.

-Agora você pode ficar com o senhor perfeitinho, eu não ligo mais. - deu de ombros

Eu tentei o impedir de sair dali, mas foi em vão. Peter bateu a porta com força, indo para sei lá onde. Eu encostei na porta e deslizei até chegar no chão, abraçando meus joelhos em posição fetal e deixando que as lágrimas corressem pelo meu rosto.

E eu continuei ali por um tempo, no quartinho de limpeza onde demos nosso primeiro beijo.

Pietro Maximoff

Quando eu aceitei me casar com Pietro, não fazia ideia de que seria insuportável. Faziam só 7 meses que estávamos juntos oficialmente como marido e mulher e ele já estava brigando comigo.

Certo dia, ele chegou em casa estressado e nervoso, se jogou no sofá e colocou a mão no rosto, sem me dar ao menos um "olá". Fui até ele e comecei a acariciar seus cabelos.

-Tem o que pra comer? - perguntou, após suspirar bem fundo.

-Eu não preparei nada. - dei de ombros - Pensei que poderíamos jantar fora!

Pietro resmungou, mas cedeu. Fomos para o quarto nos trocar e ele não parava de reclamar:

-Por que a gente tem que jantar fora? Não podemos pedir uma pizza? Um lanche?

-Eu queria comer comida indiana naquele restaurante que fomos mês passado... - expliquei, tentando não perder a paciência.

Ele deu mais uma reclamada e por fim fomos para o carro. No mesmo, estava passando na rádio um programa sobre futebol americano, o qual eu mudei, pois é um esporte ridículo que não entendo.

-Eu estava ouvindo. - Pietro disse, sem tirar os olhos da estrada.

-Você sabe que eu não gosto dessa estação!

-Deveria começar a gostar... - respondeu, seco.

-Tá com algum problema? - questionei, com calma.

-Claro, já não to aguentando mais. Pra começar, cheguei em casa e não tinha o que comer. Depois, você ficou com frescura querendo sair pra jantar, sabendo que eu tava cansado. Agora você quer mudar a estação só porque você não gosta do programa. Eu gosto, não dá pra entender? Você não consegue entender mais nada? - ele gritou, me dando um susto.

Algumas lágrimas brotaram em meu rosto e eu olhei para a janela, tentando disfarçar.

-Para naquela lanchonete da esquina. - falei, fazendo de tudo para ele não notar minha voz de choro.

-Por quê?

-Eu pego dois lanches ali mesmo e voltamos pra casa pra comer! - respirei fundo

-Que indecisão. - bufou - Me fez trocar de roupa pra sair e agora quer comer um lanche qualquer de esquina... - e voltou a reclamar

Eu apenas ignorei o resto de seus xingos, pois aquilo estava me matando.

*****

Espero que tenham gostado. Querem uma continuação para esse preference? Até o próximo imagine, amores.

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