Compartilhando medos, segurando a respiração pra não falhar mais uma vez, como se fosse uma fase obrigatória a ser passada, sorriso curvado, me forçando a ignorar tudo à minha volta, sem verdade e essa máscara em minha face, o que eu grito nem sequer escuto.
Têm vezes que desejo me partir ao meio, me deixar em repouso ou abrir minha cabeça e assim deixar meu cérebro de molho por algum tempo, por cansaço de feridas expostas e não expostas, esgotamento. Por medo, destruo partes de mim pra proteger partes mais profundas.
Procuro vestígios, me analiso, escrevo até minhas mãos calejarem, os ouço me dizendo que não devo continuar, que não sou o bastante mas eu continuo com meu olhar vazio. Dentro da minha própria falsidade encontro abrigo e ninguém sabe o que dizer no final das contas, todos perdem seus rumos e falas.
Queria poder me dizer algumas coisas, queria ter o poder das palavras de conforto, queria eu ter o poder de me curar de mim, me libertar dessas algemas em que eu mesma me prendi, há muito tempo eu quis me tornar alguém em que tivessem orgulho, mas o espelho em que olho se partiu em milhões de pedaços, assim como a imagem refletida nele.[deixem nos comentários o que estão achando 💘]

VOCÊ ESTÁ LENDO
Scintilla
PoetryComo iniciar algo? é sempre uma pergunta que martela na minha cabeça, eu sempre dou pra trás nisso, sempre desisto antes de chegar no meio, decidi ir além e transcrever minhas dores, foi necessário. Aqui deixarei minhas escritas pessoais e, de acord...