13| Confusion

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(sobre o irreal,
pessoas e angústia.)




A consequência do sofrimento lhe faz pestanejar a todo instante, um encontro de pensamentos emaranhados dentro de seu próprio pensar, aquele movimento intenso de pessoas caminhando te fazia ficar doente, era de embrulhar o estômago só observar as sombras se movimentando desesperadas pelo chão. Era um ser congelado no tempo/espaço.

Se pudesse encontrar tua própria alma, faria questão de se salvar?

Será que teria coragem de dizer que a forma com que escolhe viver é sem querer? Será que poderia somente mais uma vez parar de planejar o próprio fim culpando a própria cabeça ou o outro e sendo covarde? Observar a realidade se transformar dessa forma se torna tão doloroso quanto ver o sangue escorrer vívido frente aos olhos, depois de um tempo tudo volta ao enxame de praga e a direção se mostra confusa outra vez.

Sente-se, somente aprecie a vista morta de cima, a sirene tocando intensamente nos teus ouvidos e os fantasmas correndo contra o tempo para conseguirem ao menos um gole de vida. Não é fácil simplesmente não querer não estar aqui, não é covardia.

Tolos.

Essa dor emana e rasga a carne, o monstro que você mesmo criou, como um parasita faminto por memórias e fôlego, se tornando uma doença crônica e a cada gole de dor que insiste em tomar ele decide ficar. Tua garganta e olhos ardem, quantas vezes tu deverá implorar pra que não se visse ao fim de si mesmo?

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