(sobre o irreal,
pessoas e angústia.)A consequência do sofrimento lhe faz pestanejar a todo instante, um encontro de pensamentos emaranhados dentro de seu próprio pensar, aquele movimento intenso de pessoas caminhando te fazia ficar doente, era de embrulhar o estômago só observar as sombras se movimentando desesperadas pelo chão. Era um ser congelado no tempo/espaço.
Se pudesse encontrar tua própria alma, faria questão de se salvar?
Será que teria coragem de dizer que a forma com que escolhe viver é sem querer? Será que poderia somente mais uma vez parar de planejar o próprio fim culpando a própria cabeça ou o outro e sendo covarde? Observar a realidade se transformar dessa forma se torna tão doloroso quanto ver o sangue escorrer vívido frente aos olhos, depois de um tempo tudo volta ao enxame de praga e a direção se mostra confusa outra vez.
Sente-se, somente aprecie a vista morta de cima, a sirene tocando intensamente nos teus ouvidos e os fantasmas correndo contra o tempo para conseguirem ao menos um gole de vida. Não é fácil simplesmente não querer não estar aqui, não é covardia.
Tolos.
Essa dor emana e rasga a carne, o monstro que você mesmo criou, como um parasita faminto por memórias e fôlego, se tornando uma doença crônica e a cada gole de dor que insiste em tomar ele decide ficar. Tua garganta e olhos ardem, quantas vezes tu deverá implorar pra que não se visse ao fim de si mesmo?
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Scintilla
PoésieComo iniciar algo? é sempre uma pergunta que martela na minha cabeça, eu sempre dou pra trás nisso, sempre desisto antes de chegar no meio, decidi ir além e transcrever minhas dores, foi necessário. Aqui deixarei minhas escritas pessoais e, de acord...