3| Aquele do dia 15

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Parei hoje pra pensar em minha vida e em todas as vezes que quis desistir de tudo ou todas as vezes em que estive fraca demais pra tentar ou sequer levantar da cama e decidi escrever sobre ela de uma forma menos dolorosa e penosa.
Quis arrancar de mim o parasita que habitava minha carne desde muito tempo como que uma doença, se alimentando de minhas boas e poucas memórias e é como se eu estivesse caída com meus ossos quebrados, imóvel, e num ato de misericórdia, veio você.

Sim, veio você.

E naquele momento, quando vi que o azul não era mais a minha cor favorita à partir dos teus olhos e que além da cor eu vi uma vida inteira através deles, quando eu senti que nenhuma música favorita minha se comparava com o som da tua voz e o calor que atravessa meu corpo ao ouvi-la, quando eu percebi que quero tracejar pra sempre meus lábios em teu corpo e sentir você se arrepiar com o mesmo, quando a vontade de sentir você perto ultrapassou qualquer tipo de desejo carnal que eu jamais sonharia em ter, quando tudo entre a gente se tornou um laço de almas, muito mais que idealizações de momentos, quando eu comecei a planejar construir a felicidade contigo do meu lado, todo um futuro e principalmente quando eu notei que a vida de verdade tá aí, eu fui salva.
Eu fui salva, e eu agradeço por ter sido você.
Por me apresentar o amor da forma mais pura possível, por me amar mesmo com as adversidades todas, por me fazer cada dia mais indubitavelmente entregue e por fazer brotar em mim a vontade de um futuro que anteriormente não passava de um borrão.

Eu te amo incondicionalmente, e pra sempre.

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