Ravena começou a chorar na medida que reconhecia a floresta e a pequena vila que cresceu. Seu pai estava do lado de fora da cabana quando ela é os príncipes chegaram a cavalo, a garota nem parou o cavalo para descer.
Enquanto corria até os braços do homem que a criou, ele gritava chamando Petunia alegremente. Quando enfim chegou perto de ambos pulou no pescoço deles soluçando de felicidade.
A irmã desviou do abraço reclamando daquela chegada dramática, depois olhou melhor para a garota.
- O que aconteceu com seu pescoço? - a irmã disse a olhando melhor.
- Sentimos muito... - Edgard disse atrás da menina, eles não tinham conseguido acompanhar a correria - Ravena teve que enfrentar uma situação de muito perigo por nossa culpa.
- Espero que sintam mesmo! - disparou Petunia analisando Edgard e Adam - Não vão se apresentar?
- Ah! - Edgard falou supreso pela maneira da mulher - Perdão! Sou o príncipe Edgard. E mais uma vez, sinto muito, mas dessa vez pelos problemas que dei a vocês ano passado.
- Claro que está perdoado, Vossa Alteza. - o pai de Ravena disse abafando a reclamação da irmã
- Eu sou o príncipe Edward. Mas prefiro o nome dado pela minha mãe, Adam. É um prazer enorme conhecê-los... - ele disse abaixando a cabeça e corando um pouco.
- Finalmente veio se apresentar... - Petunia disse andando até ele - E meus parabéns. Sempre achei que aquela dali não gostasse de homens.
- Petunia! - o pai dela disse sem graça pelo comportamento da filha.
- Meu querido pai... - ela respondeu revirando os olhos - Eu quero conversar com esse homem e espero que você faça o mesmo.
- Petunia... - o pai fez um gesto para que ela entrasse na casa - Desculpem por ela. Puxou minha sogra.
- Não... - Adam falou sorrindo - Ela está certa, eu tinha que vim aqui mais cedo. Deveria ter pedido a permissão para cortejar a sua filha de maneira correta.
- Meu filho... - o pai de Ravena falou satisfeito - Isso é algo que apenas Ravena vai lhe dizer!
- E ela vai falar mesmo! - Edgard falou rindo - É um prazer enorme, mas temos que ir. Voltamos dentro de dois dias.
- Três... - Ravena falou interferindo - Não se apressem!
- Não vamos... - Adam falou pegando a mão dela, sorrindo com tristeza.
- Não vão embora agora. - o pai dela disse franzindo a sobrancelha - Fiquem para o almoço!
- Não podemos... - Edgard disse agradecendo - Temos que relatar tudo ao nosso pai e oficializar a vitória.
Edgard se despediu e subiu no cavalo esperando Adam, que agradeceu e se despediu do pai da garota que amava. Ravena caminhou com ele até o cavalo, onde ele pegou as mãos machucadas dela e olhou com tristeza. Não disse nada, apenas beijou sua testa e subiu no animal indo embora.
Na volta de casa, lágrimas caíram pelo seu rosto. A sua decisão ainda machucava, mas ficava cada vez mais clara de sua necessidade.
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- Um hematoma enorme no pescoço e cicatrizes na mão! - Petunia disse bufando enquanto comia - Belos príncipes! Sabe, nos livros eles aparecem para ajudar e não para meter a garota em uma situação complicada! Mas que merda, Ravena...
- Para de implicar! - o pai disse irritado
- Parar de implicar? Você deveria ser a pessoa mais nervosa nesse local! Ela é sua filha!
- Que sabe o que faz... - ele falou firme - E está calada hoje.
- Ah! Papai... - ela falou com tristeza - Tanta coisa aconteceu. Tanta coisa deu de errado...
- Vossa Alteza, Adam, mostrou-se um brocha! - arriscou Petunia, que recebeu apenas olhares de reprovação - Ou a guerra te mudou de mais? O que seria um extremo clichê.
- Fiquei prisioneira do inimigo durante um mês... - ela disse com os olhos cheios de água - Matei o príncipe que me mantia em cativeiro.
- Belos príncipes... - Petunia voltou a reclamar baixinho, enquanto abraçou a irmã - Como você está?
- Bem... - ela disse baixo - Mas... estou tão confusa! E as coisas não estão tão certas como já foram. Eu não sei mais o que fazer com o Adam.
- Sabia... - a irmã falou séria - Aquele desgraçado tem culpa nisso. O que ele fez?
- Comigo? Nada. - Ravena deu um suspiro - Mas descobrir coisas sobre ele que me fizeram deixar de confiar nele.
Pareciam tão errado contar o que Adam fez, mesmo para a família, ele deveria ter se sentindo assim com ela. Esse pensamento já tinha tomado conta há um tempo, sua confiança perante ele estava abalada, mas se reconstruindo aos poucos.
Só que isso era o suficiente? Ela estava pronta para voltar para aquela amor tão certo sem ter certeza de quem ela era? Isso era justo com algum dos dois?
A resposta era que ela não tinha ideia e precisava descobrir isso rápido, e para isso acontecer tinha de ficar longe do Adam. Longe dali e de toda aquela confusão por um tempo. Só até que suas ideias e ela mesma tivessem sido organizadas.
Falando aquilo tudo para a família, o pai olhou com gentileza para a filha que tinha a mãe no rosto e nas palavras cada vez mais.
- Ravena, minha filha, quando você cresceu tanto? - ele a abraçou- Fique tranquila, Adam me pareceu um homem sensato, vai te entender.
- E se não, ele é um babaca! - Petunia disse calma - O que não seria surpresa, você com um babaca.
- Vai dar tudo certo... - o pai sorriu - Irá escrever para Flora?
- Claro! Ela sabe o que aconteceu? - Ravena disse se levantando.
- Sim, ela mandou uma carta há algumas semanas em busca de notícias suas.
- Pai... - Ravena falou com o papel a pena nas mãos - Me promete se Adam ou Edgard ofecerer algum título de nobreza, vai aceitar.
- Filha... - o pai disse vermelho.
- Eu sei que não gosta de ajuda. - ela o interrompeu - Mas não encara isso como ajuda. Encare como recompensa pelos meus serviços. Por favor!
Os dois ficaram se olhando em silêncio por um tempo, até que ele desistiu de encarar a filha machucada e com um rosto de coitada.
- Está bem... - o pai disse após um longo tempo pensando - Mais pela Petunia do que por mim.
- Fico grata, papai... - a garota disse surpresa.
- Bom! - Petunia disse sorrindo - Vou arrumar minhas malas para o castelo!
Ravena sentiu o coração mais leve.
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Os dias passaram e Ravena fingiu ainda ser a camponesa que sempre foi. Uma brincadeira de faz de conta engraçada, que quase deu cem por cento certo.
No dia combinado, os príncipes apareceram na simples cabana para jantar. Comeram comida comum, em uma mesa pequena em uma casa apertada. Da forma como Ravena tinha sido criada.
Edgard ofereceu ao pai da menina um cargo de nobreza que havia sido combinada com Ravena há alguns dias, que foi aceito de bom grado.
Tudo foi calmo e bom, mas quando acabaram de comer ela sabia que ia ter uma conversa complicada com Adam.
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Rosas Vermelhas [Concluída]
FantasyGANHADOR DO CONCURSO PALAVRAS DE OURO COMO MELHOR CASAL Muitas pessoas sonham e ter uma vida incrível, cheias de riquezas e poderes, mas Ravena não. Ela apenas sonham ter o suficiente para sua sobrevivência, porém devido a sua beleza acaba chamando...