SARAH TEVE DE levantar a longa saia do vestido para descer a escadaria do salão de festas, até a entrada. Thomas havia deixado o carro estacionado em frente ao local, parecendo mais agitado que o normal, falando ao telefone durante toda a tarde. Sarah não tinha conhecimento do que estava havendo. Será que ela havia feito algo de errado? Acontecera algo errado com o complexo eólico? Ela começou a ficar preocupada e seguiu Thomas até o carro. Em seguida, atreveu-se em perguntar o que houve.
- Está algo errado, Thomas?
Ele virou-se e ela notou seus olhos azuis dilatados e a respiração alterada. Os fios negros de cabelo caíam sobre o rosto. A barba bem-feita contrastava com pele branca da face.
- Está tudo bem. Eu apenas quero ir para casa. - Sua voz parecia mais rouca que o normal.
- Tudo bem. Acontece que você parecia meio agitado e irritado.
- É impressão sua. Eu estou bem.
Eles entraram no carro e o interior parecia se encolher com Thomas lá dentro. A tensão crepitava no ar e deixava o ambiente pesado. O perfume almiscarado e masculino a fazia respirar fundo, ao mesmo tempo que seu coração batia a tal velocidade, que ela nem conseguia mais controlá-lo. Thomas apertava o volante e mantinha-se concentrado do trânsito e nenhuma palavra foi trocada durante o trajeto entre o salão de festas e o apartamento, em Brera.
No entanto, parecia que aquela voltagem permanecia entre ele. Chegaram à casa dele e sinceramente, Sarah notava algo diferente no ar. Desde a hora em que desceram do veículo, no estacionamento interno do prédio, parecia que havia algo distinto no ambiente. Posteriormente, subiram pelo elevador, ainda em silêncio, enquanto lentamente alcançavam a cobertura.
Sarah ainda estava desconfiada e sua suspeita se confirmou na hora em que Thomas abriu a porta, quando um aroma de jasmim e rosas entrou em suas narinas. O apartamento escuro, em cor de cromo de Thomas, estava diferente. Disso ela tinha certeza. Ele fechou a porta atrás deles e ele a olhava intensamente, com traços de malícia em seus olhos cor de mar. O que estava havendo afinal?
- Gostou da festa de Felippa, Sarah?
Por que a voz dele estava rouca? E seus olhos tão inquisidores?
- Estava muito bonita. A decoração, o ambiente, a emoção com a qual ela falava.
- Concordo com você. Tudo era muito bonito. Agora, a carreira como estilista vai continuar ascendendo.
- Tenho certeza disso.
Aquela era uma conversa para tentar ignorar o que estava ao redor deles. Uma nuvem de eletricidade e sensualidade que acordava os seus sentidos, que foram despertados por Thomas. A pele de Sarah arrepiava, ela sentia os seios pesarem e suas pernas tremerem.
- Pode vir comigo, Sarah? – O tom dele era quase como uma súplica.
Ele esticou a mão para que ela o seguisse. Sarah colocou sua mão sobre a dele e ele a puxou em direção ao corredor. A luz da lua entrava pelas janelas e iluminava a grande sala de estar. Thomas parecia estar levando-a para o seu quarto e conforme eles se aproximavam, o aroma de jasmim e rosas se intensificava.
- Antes de entrarmos aqui, preciso que feche os olhos, Sarah.
- Tudo bem. – Assentiu ela.
O que ele estava aprontando? Thomas colocou as mãos sobre seus olhos, tapando-os, enquanto a guiava para o interior do quarto. Adentraram o cômodo e ela ouviu o ruído da porta se fechando atrás de si. O aroma se tornou mais forte, contudo o que mais a alarmava era o toque quente das mãos dele. Mãos grandes e fortes, com longos dedos.
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O Desafio do Magnata - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 2 (COMPLETO)
RomanceAtenção: livro não está revisado! Futuramente, passará por uma nova revisão e edição! "Homens poderosos, afetados por paixões arrebatadoras." Thomas Brown, um engenheiro mecânico renomado, sofreu bullying no ensino médio, mas sempre foi apaixonado p...