Powers

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     Um tempo se passou e eu estava começando a me acostumar com a rotina de viver na cidade do silêncio, não era divertido, mas também não era chato. Eles eram bons professores de runas, línguas (mundanas ou não), até combate embora raramente aconteça de um deles me ensinar. Ah! Também me ensinaram a tocar violino, Irmão Zachariah me ensinou, mas acho que nunca vou tocar tão bem quanto ele.

    Há lugares na Cidade do Silêncio que eles nunca me deixam ir, mas tenho certeza de que estive em mais partes do que qualquer shadowhunter. Costumava ser meio solitário as vezes, não tinha crianças para eu brincar, mas esses pensamentos só me atormentavam quando os Irmãos estavam reunidos, fazendo algo que eu não poderia saber.

    Encarei minha mão, que estava começando a ficar rosada, e soltei o lápis. Já havia perdido a noção de quanto estava desenhando. Esfreguei as mãos uma na outra, enquanto esperava a dor nos dedos passar. Fechei uma das mãos por alguns segundos e quando a abri havia uma chama azul saindo dela.

    Soltei um grito de espanto e comecei a balançar a mão freneticamente tentando fazer a chama apagar, ela não estava me queimando, mas aquilo havia me assustado

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    Soltei um grito de espanto e comecei a balançar a mão freneticamente tentando fazer a chama apagar, ela não estava me queimando, mas aquilo havia me assustado. Quando a chama finalmente se apagou, eu saí correndo do meu quarto, procurando por qualquer um dos irmãos. Por sorte, encontrei o irmão que eu mais havia me afeiçoado

    --Irmão Zachariah! -- Chamei correndo em sua direção e ele fez um sinal para que eu me acalmasse.

    --O que houve, pequena shadowhunter? -- Sua voz soou em minha mente enquanto eu me apoiava nos joelhos, um tanto ofegante.

   Contei o que havia acontecido, sobre as chamas em minha mão e ele pediu para ver. Eu não sabia como fazer aquilo de novo então apenas repeti o movimento, com a mente vazia, e logo as mesmas chamas apareceram, dessa vez nas duas mãos.

    --Tá vendo? Não me queima. -- Digo tentando esconder meu desespero. -- Só formiga um pouco.

    --Nunca vi nenhum shadowhunter que pudesse fazer isso. -- Seu tom de voz pareceu um tanto surpreso e eu fechei as mãos fazendo as chamas sumirem, foi por impulso mais deu certo.

    Me escorei na parede, após sentir um leve tontura e o irmão disse que meu cabelo estava se tornando cada vez mais branco, por causa da doença. Ele só não compreendia o que estava acontecendo comigo para que eu pudesse fazer aquele tipo de coisa.

Filha do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora