Parte 11

218 32 0
                                    

Procuramos Sarah e contamos exatamente tudo, sobre o que tinha acontecido no passado e o que estava acontecendo no presente, apesar de perceber que ela se sentia decepcionada ela não se mostrava surpresa com o que acabara de ouvir.

Mas parecia preocupada, preocupada demais em relação ao caso:

_ Bem, vou ter que ser sincera, o caso de vocês é realmente alarmante, se o juiz tiver acesso a essa informação a Anny poderá ser tirada da sua casa Alec, e levada novamente a adoção.
O fato dela poder dizer com quem quer ficar é algo bom, e será levado em consideração pelo juiz, mas aconselho que deixe sua casa, você não pode mais morar na mesma casa que o Khris, os anos em que você ficou em coma também será um atenuante para eles que alegarão que você não conviveu com a criança.
Você tem 10 % de chance de ficar com a guarda da Anny, os outros 90% teremos que provar que você tem a capacidade, devo adverti-lo que não será nada fácil.

Alec já estava com os olhos marejados somente com a possibilidade de ter Anny arrancada de seus braços.

Sarah prosseguiu:

_ A vantagem que tem nesse caso é que o Oliver foi presente na vida da Anny, e ele sim poderá reivindicar a guarda dela.

_ E se o Alec vier morar aqui com a Anny?

Perguntei rapidamente ao encontrar o olhar estupefato de Alec sobre mim:

_ Resolveria boa parte do problema.

Respondeu Sarah:

Nós dois olhamos para Alec que nos olhava de um para o outro:

_ Anny vai gostar de morar aqui Alec.

Eu disse ainda o olhando:

_ Sim vai, nós viremos se tiver tudo bem pra você Oliver.

Sarah comentou:

_ Pessoal tem mais um detalhe que vocês precisam saber.

Quando vocês entrarem com a nova petição, serão supervisionados por uma assistente social, e a averiguação será minuciosa, ou seja se a assistente perceber que vocês só estão morando junto para conseguir a guarda da Anny, vocês poderão perde-la de vez. Pelo menos na frente dela vocês tem que mostrar que se amam e se importa com a psique da criança.

Isso era desnecessário falar por que eu o amava, amava com todas as forças que eu possuía, amava Anny e amava Alec.
                                                                                                        ***

Alec


****

Minha vida tinha tomado um rumo inesperado, de uma hora para outra me vi obrigado a sair da minha casa e ir morar com Oliver, enfim estávamos morando na mesma casa, mas eu ficaria no quarto com Anny e ele continuaria no quarto dele.

Anny estava eufórica em mudar-se para a casa do outro pai como ela mesma dizia.
Por volta da tarde cheguei com minhas coisas e fui direto para o quarto arrumar minhas bagunças, e arrumar uma prateleira para as infindáveis bonecas Barbie de Anny, Anny já havia possuído o sofá e assistia mais uma vez o desenho preferido dela.

Quando desci vi a cena mais linda que alguém poderia ver. Oliver abraçado a pequena e ambos adormecidos.

Aproximei devagar para levar Anny para o quarto e não resistir em passar a mão no rosto de Oliver, acariciando-a. Ele permanecia com os olhos fechados então eu aproximei os meus lábios dos dele e no momento em que iria me afastar ele dizia:

_ Também sinto falta dos seus toques e beijos Alec.

Dei um pulo para trás assustado:

_ Des... desculpa Oliver, eu não sabia que estava acordado.

Que idiota eu era, que merda eu tinha feito...

_Eu só vim pegar a Anny para leva-la ao quarto.

_ Deixe eu a levo, você precisa comer alguma coisa, preparei algo para nós, eu vou levar ela pra cama e já desço para te fazer companhia.

Apesar das circunstância aquilo era tão íntimo que meu coração batia acelerado.
Minutos depois ele descia as escadas:

_ Oliver.

Eu iniciei:

_ Obrigado! _ Morar aqui é a única chance que eu tenho de ficar com a min... nossa filha.

Oliver sorriu:

_ Alec, você tinha razão, a dez anos eu não lutei por você, me acovardei na primeira luta, mas agora nós vamos lutar junto, e vamos vencer, nada nem ninguém irá separar a Anny de nós, ninguém ok.

Agora iremos lutar juntos.

Tendo o apoio de Oliver eu me sentia mais forte, mas o fato é que corríamos o risco de perder Anny, entramos com a nova petição da guarda de Anny agora no nome de Oliver, e a assistente social nos deram algumas instruções entre elas alguns direitos e outros deveres.

Primeira coisa que tínhamos que fazer era procurar a vara da infância e juventude, onde recebemos um folheto onde dizia que a adoção era para ajudar a criança e não o casal.

A prioridade era trazer uma estabilidade emocional e familiar para a criança, e não para ajustar um casamento em crise. O juiz da vara da infância e da juventude nos explicou passo a passo o processo de adoção e até nos parabenizou pela educação da pequena Anny que sempre encantava a todos.

Nas orientações dadas pelo juiz, Oliver e eu percebemos que em algumas nós não nos encaixávamos e em algumas sim.

Éramos maiores de 18 anos ok!

Na adoção conjunta eu não nos encaixava pois não éramos casados e nem vivíamos em uma união estável, embora agora estivéssemos morando juntos. Dificultava o fato de sermos dois homens mais o fato de ter sido nós que encontramos a criança isso era um vínculo afetivo com a pequena Anny.

Em todo o tempo Sarah nos assistia de perto no orientando em tudo o que deveríamos falar, fazer e agir, Oliver não sossegava pesquisando sobre adoção e me assegurando de que tudo iria ficar bem, embora acontecesse dele me roubar um beijo vez ou outra, desde daquela noite nós nunca mais caímos em tentação.

Eu sentia falta, sentia falta dos braços dele em meu corpo, ele estava ali no outro quarto e eu com Anny que dormia tranquilamente.

Tomei coragem e bati na porta esperando ele abrir.
Antes que ele abrisse a porta tentei fugir mais uma vez, mas era tarde ele já havia me visto
                                                                                         ***

Oliver:

****
Não me cabia de alegria, ter Alec e Anny morando comigo era a maior felicidade que eu poderia ter, uma chance de reconquistar Alec, e eu faria o impossível para que isso ocorresse.


Alec já aceitava que eu levasse Anny com ele para a escola e eu já havia pego ele me roubando um selinho duas vezes quando eu fingia adormecer assistindo um filme com Anny, na última vez, eu estava quase adormecendo de verdade quando vi ele descer as escadas e vê Anny adormecida nos meus braços naquele mesmo sofá que nos amamos, ele pegou uma coberta e iria nos cobrir deu um beijo na testa de Anny e não resistindo acarinhou a minha face encostando os lábios contra os meus em um breve selinho, mas aquilo era suficiente para que meu corpo todo fosse tomado por um choque, ouvi ele ainda dizer que sentia minha falta, então não resisti e disse que também sentia falta dos toques e dos beijos dele, pronto aquilo foi o estopim para mais uma discussão onde ele me acusava de brincar com ele, era engraçado ele brigando comigo em tom baixo para não acordar a nossa filha e o melhor é que nossas brigas sempre acabava quando eu lhe roubava um beijo, posso afirmar que passamos a brigar por coisas bobas, apesar dos beijos trocados nunca passamos disso, eu temia estragar tudo o que estava sendo construído se tomasse uma decisão precipitada, por isso muitas vezes tive que tomar banhos de água gelada para baixar a temperatura do meu próprio corpo que estava em chamas.

Mas aquela noite em que roubei um beijo mais demorado de Alec, onde nossas línguas brincaram freneticamente dentro de nossas bocas e mais uma vez eu subia para o quarto enquanto ele estava com Anny no outro quarto ao lado ele me surpreendeu a bater a minha porta lindo e entregue...
                                                                                                           ***

A noite

****

Linha do tempo (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora