Prelúdios de uma poeta livre

Sempre vermelho

Desde que descobri o dia
Fiquei murcha
Andei torta
Solavancada
A vida é forte
E eu sabia
Mas não queria
Não sentia nada
Deus é maior
E Ele me soprou perdão, amor e bondade
Neles encontrei perspectiva para uma nova vida - a mesma!
Uma nova realidade
Tudo mudou
Mudou tudo de repente
Abri a janela do quarto
E a luz do Sol era a mesma
Mas o brilho parecia mais intermitente
Foi a cabeça que mudou
Mudou foi as ideias
E o mundo borrado de antes voava
Era dourado
E sempre vermelho
Ele soprava pelos ares...
E eu voava. Parada. De pé. No ar.
E cantava...
Ainda ouço o eco da minha voz acolá
Porque a vida é tão, tão bela, meu Deus!
Tão, tão bela, que dá vontade de chorar
Mas eu caminho muda
Os pés na areia
As sandálias na mão
Cantando bem alto
À vista do Oceano banhado do céu ensolarado
O mais alto que posso na imaginação
Rio baixinho, pois todos observam
Vivem andando cegos
Choram de rir
Mas eu mais rio de chorar
Do que choro de rir
Porque a vida é muito, muito, muito bela
E sem o olhar da beleza
Do que é puro
Da natureza
Eu não seria nada

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05/12/2017
10:14 p.m.

Polliana Oliveira