Nuvens de algodão II

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Imagem espelhada
Céu birrento
Me abate nas suas cores
Me apague em seu sofrimento
Faça quente o seu azulado
Sábio o seu amarelo
Feliz o seu cinzento
Pois se cansa nesse terreno
Os céus serão escassos
A Terra será pequena
Ainda menor
Menos
Bem menos do que há por cá
Nesse seu emaranhado de fofura
Travesseiros de ternura
Macios feito pele de ovelha
Reais como chuva que alaga morros
Repletas
Distintas
Simples
Sozinhas
Transformam paz num dia de agitação
Dão fé a alguém sem coração
Serena
Enorme
Pequena
Vida mansa
Horizonte
Branda
A luz
Descansa em
Nuvens de algodão

+++
2016

Polliana Oliveira

Prelúdios de uma poeta livreOnde histórias criam vida. Descubra agora