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Por Camille.

É hoje, o dia de ir embora.

É possível está triste e feliz ao mesmo tempo?

—Pegou todas as malas filha?-Perguntou meu pai da ponta da escada.

—Ainda tem uma lá no quarto.-Ele assentiu e subiu pra pegar.

Desci as escadas e pela primeira vez fiquei perdida olhando a decoração das paredes da sala, que sempre passavam tão despercebidas,mas agora? Estou tentando gravar cada detalhe em minha memória.

Sentirei falta daqui.

—Minha menininha cresceu!-Minha mãe surgiu da cozinha.-Parece que foi ontem que entrei com você em meu braços pela primeira vez, era apenas um bebezinho.-Minha mãe me abraçou e ficou me apertando por um tempo.

—Mãe, você está me sufocando.-Disse rindo e retribuindo o abraço.

—Estou demonstrando todo o meu carinho e é assim que me agradece? Ingrata!-Ela se afastou e deu um tapa em meu braço.

Bipolar, sim ou claro?

Meu pai desceu com a mala que restava, entramos no carro e partimos por aeroporto. Todos estavamos calados, acho que nenhum de nós estávamos com uma mentalidade sensata pra poder dizer algo. Chegamos mais rápido do que queria. Tiramos as malas e fizemos o check-in.

—Daqui a uma hora o voo estará decolando, obrigada, e tenha uma boa viajem.-Disse a recepcionista com aquele sorriso congelado.

—Obrigada.-Assenti e fui em direção aos bancos onde meus pais haviam ido sentar.

—Ainda dá tempo de desistir disso? -Perguntou minha mãe com uma voz estranha.

—Para de ser dramática, Ellen! A filha é nossa, é só a gente pegar ela, colocar dentro do carro e voltar pra casa!-Disse meu pai totalmente sério, tão sério não aguentei e ri.

—Pode deixar que eu ajudo.-Olhei pra trás, de onde vinha a voz e vi Liam e Alice.

Corri a os abracei.

—Eu amo vocês.-Disse toda sentimental.

—Ai de você se não amasse. -Disse Alice rindo.-Eu não acredito que você vai me deixar, sua vaca! Como eu vou ser retardada sozinha? Não vai dar não!!! Vou te rapitar!!!.

—Entra na minha mala e vem comigo.-A abracei forte, e involuntariamente algumas lágrimas caíram dos meus olhos.-Vou sentir muito sua falta!.-E nos soltamos do abraço.

Olho pra Liam que sorri.Acariciei seu cabelo e ele se aproximou pra me beijar.

Meu pai pigarreou, nos assustando.

—Deixa eles,Will, para de ser estraga prazeres!!-Minha mãe o repreendeu.

—Já disse que não gosto dele.

Ótima coisa pra se falar agora, pai.

Olhei pra Liam é sorri amarelo.

—Promete me ligar?-Perguntei o abraçando.

—Para o bem da minha sanidade mental, é melhor eu ligar!-Ele retribuiu o abraço.-Não sei como vou viver sem você.-E eu o apertei mais ainda .-Ai Mille, minhas costelas!.-E o soltei.

—Tenho uma coisa pra te mostrar.-O olhei curiosa e ele sorriu.

—O que?-Perguntei curiosa.

Ele colocou a mão no bolso e chacoalhar suas chaves em frente a meu rosto. O olhei sem entender.

Era pra ser somente uma aposta.Onde histórias criam vida. Descubra agora