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Por Camille.

—Scott já ligamos pra quase todas as maternidades e nada. Estou começando a achar que isso tudo foi realmente uma péssima ideia.

—Ei ei. Claro que não! Você está fazendo de tudo pra ajudar a Emilly. E você está certa, ligamos pra QUASE todas as maternidades, ainda tem algumas na lista que falta verificar, e Camille não perca as esperanças, se você não acreditar na recuperação dela acho que ninguém mais acredita.

Meu bipe tocou.

—Hora da Emilly, tudo bem se você ligar pras outras maternidades sozinho?

Ele assentiu.

—Tudo bem, eu sempre perco pra Emilly mesmo.-Disse fazendo bico.

—Para de drama Scott.-Disse rindo.

—Vai lá, qualquer coisa eu te chamo.

Assenti e fui em direção ao quarto da Emilly. Abri a porta do seu quarto com melhor sorriso que tinha. Não importa como meu dia tenha sido, esse momento com ela sempre me faz esquecer de todos os meus problemas.

—Como vai a minha paciente preferida?

Ela sorriu.

— É claro que eu sou sua favorita, tia Mille, eu sou a Emilly-Disse rindo e eu ri também.

— Tá legal, mantenha distância do Scott enquanto tem escapatória.-Disse fazendo drama e ela ri mais ainda.

—Já almoçou, tia Mille?

Neguei e sorri por ela ter essa preocupação comigo, mesmo eu sendo a médica da história.

—Ainda não, meu amor.

—Que feio.-Colocou as mãos na cintura fazendo cara feia.-Você sempre me diz pra comer e você ainda não almoçou? Vou chamar minha mãe pra brigar com você.-Disse seria e eu fiz uma cara de medo.

—Acho que eu estou encrencada.-Ela gargalhou, presumo eu que seja pela careta que eu fiz.

Isso aqui faz meu dia ficar melhor. E não tem nenhum chatão que consiga estragar isso.

— Mas e você, como está se sentindo hoje?

—Não muito bem, tia.

— O que você está sentindo?

—Minha cabeça está doendo, estou um pouco enjoada também.

A analisei enquanto ela dizia e constatei que estava com febre.

—Você está um pouco quentinha mesmo, meu amor.- Enfiei minha mão no bolso do jaleco e me lembrei que havia deixado o termômetro na sala onde eu estava fazendo as ligações com o Scott.- Em, vou pegar o termômetro e já volto viu?

Ela assentiu e fui pegar o termômetro.

—Scott você viu onde eu deixei termômetro?-Perguntei abrindo a porta da sala.

—Não, mas pode pegar o meu se quiser.

—Otimo.-Disse e fui até ele e estendi a mão.

—Com uma condição.-Ele diss fazendo cara de imoscente e eu o olhei desconfiada.-Um beijo.

Eu ri.

—Scott não estou com tempo pra brincadeiras.

—Quem está brincando?

Lhe dei um selinho e tomei o termômetro dele e sai correndo. Chegando no quarto da Emilly abri a porta e vi que ela estava dormindo. Cheguei mais perto dela pra medir sua temperatura mas vi que o pijama hospitalar estava todo cheio de sangue que havia saído do seu nariz e boca, no chão também tinha sangue e ela não estava dormindo, havia desmaiado.

Era pra ser somente uma aposta.Onde histórias criam vida. Descubra agora